A Hungria (Magyarország, em húngaro) é um estado independente localizado na Europa central, sem saída para o mar. Com uma população de cerca de 10 milhões de habitantes, na maioria húngaros, sua capital é Budapeste. A área total da Hungria é de 93.030 km², pouco menor que o estado de Santa Catarina. Suas fronteiras são divididas com a Eslováquia ao norte, Ucrânia e Romênia a leste, Sérvia e Croácia ao sul, Eslovênia a sudoeste e Áustria a oeste. A língua oficial e predominante é o húngaro, e a moeda do país é o forint. Destaca-se em seu território o lago Balaton, o maior da Europa central, abrigando ainda um grande número de spas e fontes termais. O país, porém, é geralmente lembrado por suas ricas tradições tanto na música tradicional como na erudita, sendo ainda o berço de vários grandes artistas e compositores, incluindo Franz Liszt, Bela Bartók e Zoltán Kodály.
Inicialmente ocupado por celtas e romanos, a atual Hungria só começa a tomar forma como um principado a partir do século IX. No ano 1000 o primeiro monarca húngaro, Santo Estêvão I, se torna rei com uma coroa enviada pelo papa. Durante os 946 anos seguintes, o reino da Hungria permanecerá como importante centro do mundo ocidental, mesmo sofrendo uma ocupação parcial por parte do Império Otomano entre 1541 e 1699. Após este período, a Hungria será integrada à dinastia dos Habsburgo, tornando-se mais tarde parte igualitária dentro do império austríaco, formando a duarquia austro-húngara, de 1867-1918. Até a Primeira Guerra Mundial, a Hungria constituiu uma grande potência no centro da Europa, mas o Tratado de Trianon, acordo firmado entre o país e os aliados, decretou o fim do reino, a perda de 70% do território húngaro, que abrigava cerca de um terço de húngaros étnicos, além de tirar sua saída para o mar.
A década seguinte é de profunda crise, em meio a um regime autoritário, onde cresce a revolta contra os resultados do Tratado de Trianon, e que leva a Hungria a tornar-se um natural aliado da Alemanha nazista na Segunda Guerra. Com a nova derrota, a Hungria torna-se um satélite da União Soviética, adotando um regime socialista. Apesar disso, a revolta popular de 1956 ocorrida no país torna-se um marco dos problemas e contradições que o mundo socialista abrigava.
De fato, a Hungria é um dos países na vanguarda das transformações que varreram o leste europeu no final da década de 80, pois foi o primeiro país a abandonar o sistema de partido único, dando início à queda dos regimes de esquerda locais. Atualmente, a Hungria possui um governo que flerta perigosamente com a extrema direita, e que coloca em risco os seus alicerces democráticos.
Bibliografia: Hungary country profile (em inglês). Disponível em:
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