A expressão Indústria bélica faz referência a um negócio global destinado à produção de armas, equipamento e tecnologia militar, com destaque para armas, munições, mísseis, aviões militares, veículos militares, navios e sistemas eletrônicos. Tal setor concentra-se na pesquisa, desenvolvimento e produção de equipamento bélico em geral, e atende principalmente as forças armadas dos países de todo o mundo.
O comércio de armas é hoje um dos setores mais afetados pela crise do crédito, com um valor global de mercado reduzido atualmente pela metade. Acredita-se que ocorreu um declínio no comércio de armas desde a última década do século XX, influência das violentas imagens amplamente divulgadas de conflitos armados modernos, e dos tratados de diminuição de armamentos, com destaque para a série de tratados START (Strategic Arms Reduction Treaty) entre EUA e a antiga União Soviética. Na época da Guerra Fria, as exportações de armas foram utilizadas tanto pela União Soviética quanto pelos Estados Unidos para influenciar suas posições em outros países, especialmente nos países do chamado Terceiro Mundo.
Ao mesmo tempo, o desmantelamento do arsenal da antiga União Soviética ajudou a proliferar a tecnologia bélica para outras regiões do planeta. Ainda, estima-se que no mundo todo haja um arsenal de armas de fogo de 639 milhões de unidades, cuja metade está nas mãos de civis e o restante esteja reservado à polícia, o que resulta em uma arma para cada 10 pessoas no mundo. Apesar de não se saber exatamente o valor da produção e do comércio de armas ligeiras, houve um aumento significativo no valor a partir do final da Guerra Fria, e alguns analistas estimam que a exportação pode valer mais do que 6.000 milhões por ano, ou seja, um oitavo do valor total do comércio de armas. O Brasil aparece como o décimo país entre os maiores produtor de armas.
Muitos países industrializados possuem sua própria indústria doméstica de armas, projetada para atender a demanda das forças militares locais. Outras nações também têm um comércio legal ou ilegal substancial de armas para uso de seus cidadãos. Outro importante segmento da indústria é o comércio ilegal de armas de pequeno porte, que está presente em muitos países e regiões afetadas pela instabilidade política. Uma grande parte do problema do comércio ilegal está no excedente dos contingentes militares. A maioria dos países, ao invés de destruir as armas antigas ou os excedentes, geralmente acabam por vender seus estoques. Entre os únicos estados que têm uma política de destruir seus excedentes ou ainda as armas apreendidas são Nigéria, Letônia e África do Sul.
Bibliografia: Industria armamentística (em espanhol). Disponível em:
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