A República Democrática Popular do Laos (Sathalanalat Paxathipatai Paxaxon Lao, em idioma lao) é um país independente localizado a sudeste da Ásia, cuja capital é Vientiane. Sua área total é de cerca de 236,800 km², um pouco menor que o estado de São Paulo. A população do país é de cerca de 6,4 milhões, na maioria seguidores do budismo. A língua oficial é o lao, e a moeda corrente é o kip. Sem saída para o mar, o Laos faz divisa com a Birmânia e China a noroeste, Vietnã a leste, Camboja ao sul e Tailândia a oeste.
O Laos traça suas origens no Reino de Lan Xang (literalmente, "milhões de elefantes") em 1353. Sob o domínio do rei Fa Ngum, exerceu a soberania sobre grande parte do que hoje é a Tailândia e Laos. Seus sucessores ajudaram a estabelecer o budismo como a religião predominante na área. Por volta do século XVII Lan Xang entrou em declínio e os siameses (tailandeses) estabelecem soberania sobre grande parte do Laos. Com a colonização francesa do Vietnã, no século XIX, os franceses substituem os tailandeses como potência local, e integram o Laos em seu império.
Na Segunda Guerra Mundial, os japoneses ocupam a Indochina francesa, incluindo o Laos. No início de 1946, as tropas francesas libertam o país e lhe conferem autonomia limitada. A independência é declarada a 22 de outubro de 1953. Em 1960, Le Kong, um capitão do exército, tomou Vientiane em um golpe e exigiu a formação de um governo neutro, em meio à luta de forças de direita e esquerda que disputavam o poder. Tal governo neutro não foi bem sucedido, e forças de direita sob comando do general Phoumi Nosavan assumem o controle do Laos. Membros do governo neutro deposto se aliam aos insurgentes comunistas, que recebem apoio da União Soviética. Já o regime de Phoumi Nosavan, de direita, recebe apoio dos Estados Unidos.
Com o apoio das superpotências a ambos os lados, estoura a guerra civil. Por quase uma década, o Laos foi submetido a bombardeio pesado pelos EUA que tentavam interditar a Trilha Ho Chi Minh, que passava a leste do Laos. Em 1972, o Partido Popular Comunista mudou seu nome para Partido Popular Revolucionário do Laos (LPRP), e se juntou ao novo governo de coalizão, logo após o acordo de cessar-fogo em 1973. No entanto, a luta política entre os comunistas, neutralistas e direitistas continuou. A queda de Saigon e Phnom Penh para as forças comunistas em abril de 1975 acelerou o declínio da coalizão no Laos, e de fato, meses depois, o Pathet Lao, movimento armado comunista, entrou em Vientiane. O rei abdica do trono e a República Democrática Popular do Laos, comunista, é estabelecida.
O novo governo comunista impôs medidas duras, incluindo o controle dos meios de comunicação e a detenção de muitos membros do governo anterior e militares em "campos de reeducação". Essas políticas draconianas e à deterioração das condições econômicas, juntamente com os esforços do governo para impor controle político, incitaram um êxodo, onde cerca de 10% da população procurou o estatuto de refugiado.
Com o tempo, o governo fechou os campos de reeducação e libertou os prisioneiros políticos. Hoje, o Laos é um país em transição e tem a meta de tornar-se um país desenvolvido por volta de 2020. Enquanto o sistema político permanece firmemente no controle do Partido Popular Revolucionário do Laos, as forças da globalização e regionalização forçam o governo do Laos a abrir a economia às forças do mercado.
Bibliografia: Laos profile (em inglês). Disponível em: < http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-pacific-15351901 >. Acesso em: 07 out. 2012. Laos (em inglês). Disponível em: < http://www.state.gov/outofdate/bgn/laos/195234.htm >. Acesso em: 07 out. 2012. Mapa: http://www.tourismindochina.com/laos/info/map-laos.htm
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