Literatura sobre a Segunda Guerra Mundial

Muitas obras com esta temática foram lançadas ao longo do século XX, sendo um dos temas que causam mais sedução e vendas. Romances que trazem a guerra como cenário, livros acadêmicos de historiadores e pesquisadores, relatos de testemunhas, biografias povoaram o imaginário sobre a guerra e o mercado editorial, que viu na Segunda Guerra Mundial um atrativo de vendas.

Vários foram os livros e estudos lançados logo após o fim da guerra. Ascensão e Queda do Terceiro Reich de Willian Shirer, publicado em 1960 é um exemplo. Este jornalista que observou a guerra em Berlim em seus primeiros anos narra experiências e olhares sobre a guerra, produzindo um relato detalhado sobre o nazismo e sobre o cotidiano alemão. Winston Churchill, primeiro ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, também escreveu sobre o evento, trazendo seu tom pessoal ao relatar a guerra.

Ainda hoje a Segunda Guerra Mundial é um tema bastante revisitado e muitas são as novas edições lançadas ou mesmo reedições e relançamentos de livros. Novos documentos foram revelados, o que gerou interesses para pesquisadores e historiadores da temática, lançando novos olhares sobre a guerra.

Entre os livros mais polêmicos está o Mein Kampf, de autoria de Adolf Hitler, o líder Nazista. Minha luta, tradução do título do livro, traz em suas páginas as posturas do ditador, e suas expressões de ideias antissemitas e racistas, seguidas pelo Partido Nazista. O livro se configura como um manual da ideologia e de ação nazista. Este livro já foi proibido de circular em diversos país por ser considerado perigoso na influência de grupos neonazistas presentes em todo o mundo. Na Alemanha Nazista Mein Kampf era muito popular.

Outro livro que ficou bastante popular sobre a temática foi O Diário de Anne Frank. O livro foi escrito pela jovem Annelies Marie Frank entre junho de 1942 e agosto de 1944. A publicação traz o diário de uma garota que em 1942, junto de sua família, escondeu-se em um anexo secreto no escritório de seu pai, em Amsterdã. Começando com seu cotidiano antes do confinamento o livro passa a contar as experiências da jovem durante o período em que ficaram confinados.

O final da história é bastante trágico, como os horrores da guerra. Em 1944 a Gestapo fez a detenção de todas as pessoas que estavam escondidas e ao prenderam a família Frank, separaram Anne de seus pais. O Diário de Anne Frank foi devolvido ao seu pai Otto, único sobrevivente, após a morte da menina em um campo de concentração em 1945, quando tinha apenas 15 anos de idade. Em 1947, após o fim da guerra, Otto opta por tornar o diário público, lançando-o em formato de livro. Até hoje o livro é relançado e reeditado em todo o mundo, demonstrando um interesse pela guerra.

A Menina que Roubava Livros é uma publicação recente de 2005 e que fez grande sucesso também nos cinemas. A morte é a narradora do livro e encontra-se com a personagem principal, Liesel Meminger por três vezes na Alemanha nazista.

No Brasil o interesse pela segunda guerra na literatura é bem marcante no livro Olga de Fernando Morais. Lançado em 1985 e depois relançado em 1994, chegando aos cinemas em 2004, o livro traz a biografia de Olga Benário, companheira de Luís Carlos Prestes e militante comunista alemã. A biografia conta sua trajetória até o Brasil, sua trajetória militante, o casamento com Prestes, sua deportação ainda grávida de Anita Leocádia Prestes – nascida em prisão nazista – e sua morte no campo de concentração de Bernburg em 1942.

Referências:

http://origin.guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/guerra-literatura-435842.shtml

MORAIS, Fernando. Olga. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

ZUSAK, Marcus. A Menina que Roubava Livros. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2007.

FRANK, Anne. O Diário de Anne Frank. Rio de Janeiro: Record

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