A Operação Valquíria foi como ficou conhecida uma das tentativas de assassinado do líder nazista Adolf Hitler. Vários foram os planos para executar o Führer, mas a Operação Valquíria tem aspectos interessantes a serem abordados.
Em 1944 o coronel Claus Schenk Graf von Stauffenberg cometeu um atentado contra Adolf Hitler, em nome do movimento da resistência – militar e civil – alemã. Deste movimento faziam parte vários oficiais e alemães comuns. É preciso destacar que por mais insistente que fosse a propaganda nazista e as ações do Terceiro Reich, boa parte dos alemães não concordava com os mandos e desmandos do ditador.
O atentado de 20 de julho ocorreu no Quartel General de Hitler na Prússia Ocidental, por meio de uma explosão de bomba. A resposta do Terceiro Reich foi imediata e aproximadamente quatro mil membros e simpatizantes da resistência foram mortos.
A figura do coronel Stauffenberg foi bastante central neste evento. Ele foi o personagem principal da conspiração contra o Führer. A conspiração acabou fracassada e o atentado contra Hitler acabou com ele vivo, apesar de muitos mortos que estavam na sala de reuniões com ele.
No início da difusão das ideias nazistas o coronel foi partidário do ideal de Hitler. Ele era um patriota alemão conservador que acreditava no nacionalismo. Mas, com o genocídio de judeus, russos e outros grupos e pela forma como Hitler conduzia o Estado Alemão, Stauffenberg passou a questionar o nazismo e, especialmente, a figura de Adolf Hitler.
Em 1942 passou planejar um golpe em Hitler e como seria um governo após sua derrubada. Em março do mesmo ano o coronel foi promovido a oficial do Estado Maior, com a incumbência de proteger as tropas da Afrika Korps, enviadas às missões no continente africano. Em um ataque aéreo em 7 de abril de 1943 Stauffenberg acabou ferido, perdendo um olho, uma mão e dedos da outra mão.
Após recuperar-se dos graves ferimentos voltou à Alemanha e junto a seus aliados passou a conspirar contra Hitler e o Terceiro Reich em uma operação que passaram a chamar de Operação Valquíria.
Os conspiradores já se preparavam para o momento que se seguiria após o golpe que dariam no ditador alemão. Os planos foram elaborados por um grupo de conspiradores militares que tinham contato com a resistência civil.
Antes do atentado de 20 de julho fizeram uma primeira tentativa, 5 dias antes, mas que não obteve sucesso.
Em 20 de julho de 1944 Stauffenberg foi até o Quartel General de Hitler na Prússia Ocidental, mas conseguiu ativar apenas uma das duas bombas planejadas para explodir. Mais tarde, saiu da sala de conferência onde o Führer se encontrava deixando para trás uma bolsa com os explosivos, bem próximo a Hitler. Sem saber e sem intenção um general moveu a bolsa de lugar. Ainda assim, as bombas explodiram às 12h42 e mataram 24 pessoas que se encontravam nesta sala. Entretanto, o ditador nazista Adolf Hitler não faleceu.
Na capital alemã os conspiradores acreditaram que tinham conseguido concluir sua missão com êxito e começaram a espalhar a notícia da morte do Führer. A notícia logo foi desmentida e os principais conspiradores, entre eles Stauffenberg, foram executados com a justificativa de terem traído Hitler e o Regime Nazista.
A morte de Adolf Hitler só ocorreu em 30 de abril de 1945. Várias são as versões para o fato ocorrido – de suicídio à fuga para Argentina – mas o que se pode ver é que sua morte já vinha sendo planejada durante a Segunda Guerra Mundial.
Referência:
HOBSBAWM, E. J. Era dos extremos: o breve século XX : 1914 - 1991 . 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
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