Pacto Germano-Soviético

O Pacto Molotov-Ribbentrop foi assinado em Moscou no dia 23 de agosto de 1939 pelo Alemão J. von Ribbertrop e pelo soviético V. Molotov, dando nome ao pacto, o primeiro pacto germano-soviético revela os interesses das potências antes do começo da Segunda Guerra Mundial. As decisões do primeiro encontro, para além da não agressão entre as potencias, foram as seguintes: 1º - em caso de mudanças político-territoriais nos territórios da Finlândia, Estônia, Letônia e Lituânia, a fronteira norte deste último país seria dívida entre os interesses da Alemanha Nazista e URSS; 2º Em caso de mudança político-territorial ao estado da Polônia, a Alemanha e URSS dividiriam o país e manteriam independente; 3º -a Alemanha declara que a Bessarábia pode ser explorada pela URSS, pois não tem nenhum interesse; 4º - O acordo manteria um caráter secreto entre as duas partes.

O Segundo Pacto de mesmo nome, assinado em Moscou em 28 de setembro de 1939, depois do início da Segunda Guerra, revela outros interesses: a Lituânia passa ao controle da URSS enquanto a província de Lublin e Varsóvia, passam ao interesse Alemão. O pacto ainda evidencia que os acordos econômicos entre Alemanha e Lituânia não serão rompidos.

O pacto foi essencial para ambos os países: para a Alemanha garantia que se poderiam concentrar seus esforços de guerra apenas na sua frente ocidental. Para URSS, a paz e a ajuda militar eram fundamentais, mesmo por que as forças militares soviéticas não estavam preparadas para grandes combates, o que ficou evidenciado na malsucedida aventura finlandesa de novembro de 1939. O pacto tinha nele o estopim da Segunda Guerra Mundial, pois já se previa a invasão da Polônia, que fez com que a Inglaterra seguida pela França declarasse a guerra.

Os comunistas também ficaram traumatizados com o pacto, especialmente os franceses, e afirmavam que Stalin tinha sido obrigado a assinar o pacto para evadir-se dos ataques alemães. Entre os fascistas, Goebbels declarou que os alemães atacaram com o medo da retaliação soviética. Nem Goebbels, nem os comunistas estavam sabendo quais eram as reais intenções de Stalin, que era fazer a guerra contra os alemães desde de 1936, porém queria a ajuda dos exércitos anglo-franceses, por isso fez os pactos com os alemães para ganhar tempo.

Entre agosto de 1939 ao outono de 1940 o pacto funciona perfeitamente bem, há intercambio econômico, e como já foi observado o estado de Hitler só tem uma frente de combate, enquanto Stalin adquire novos territórios e rompe a ameaça de coalização antissoviética. O pacto durou até 22 de junho de 1941, quando a Alemanha, sem nenhum tipo de aviso, iniciou a invasão do território soviético pela Operação Barbarossa. Hitler pedia passagem aos russos com o intuito de ter acesso ao Mediterrâneo e mesmo à Índia. Sem entender nada dos ataques alemães Stalin é pego de surpresa. Stalin acreditava que os alemães eram seus aliados até o memento do ataque, um mês antes havia assinado um tratado de paz com os Japoneses para não se preocupar com ataques vindos do Leste. No mesmo mês do ataque Stalin tinha apoiado o novo governo do Iraque que era partidário à Hitler e contrário aos ingleses. A surpresa de Stalin fez os rumos da Segunda Guerra Mundial mudarem completamente, tendo agora a Alemanha conquistado mais um inimigo, a URSS, que futuramente seria crucial para o fim da guerra.

Referências

FERRO, Marc. História da segunda guerra mundial. São Paulo: Ática, 1995.

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