A Segunda Guerra Mundial deixou o mundo devastado. A Europa, os Estados Unidos e parte da Ásia sofreram com as mortes e a devastação, resultado de uma guerra cruel e violenta. Após o fim do conflito algumas tentativas de reestruturação foram efetivadas a fim de recuperar os países que sofreram com os horrores da Guerra.
Na Europa o Plano Marshall foi um plano econômico organizado por George Marshall, secretário de Estado norte-americano, com a finalidade de conceder empréstimo a baixo custo e promover investimentos públicos na Europa Ocidental. Por trás do plano estava a ideia de conter as ameaças socialistas num mundo pré-guerra fria.
O Plano Colombo ficou conhecido como o equivalente ao Plano Marshall, no continente asiático. Assim, por meio do Plano Colombo os países fecharam acordos de cooperação e os países asiáticos membros receberam apoio estadunidense para estimular sua economia. Certamente a quantidade de capital investido na Europa Ocidental com o Plano Marshall foi bastante superior ao destinado às nações asiáticas.
A organização teve por propósito auxiliar no desenvolvimento econômico dos países asiáticos após os resultados catastróficos da Segunda Guerra Mundial. Assim, é preciso compreender que não só o continente europeu foi atingido pela segunda grande guerra. Um conflito nessas proporções atingiu todo o mundo em maiores ou menores incidências. Entretanto, o continente asiático foi bastante atingido. Vários eventos importantes no decorrer da guerra se passaram por lá, como a Batalha de Midway, Ataque à Pearl Harbor e as bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, entre tantos outros. Dessa forma as nações asiáticas foram bastante atingidas em seus territórios e muitas foram as pessoas que lutaram na guerra, seja ao lado do Eixo, seja ao lado dos Aliados.
O pontapé inicial para organização do Plano Colombo se deu um ano antes, em 1950, em uma conferência ocorrida na capital do Sri Lanka, Colombo. É deste encontro que sai o encaminhamento para a formulação de um grupo de cooperação entre os países asiáticos visando reparar os resultados desastrosos da guerra e uma recuperação econômica das nações.
Para dar conta destas demandas um grupo de sete nações criou o Plano Colombo na tentativa de melhorar as condições de vida nos países asiáticos. O acordo inicial previa um trabalho de seis anos para recuperação, mas este prazo foi alterado diversas vezes até 1980 quando decidiu-se aumentar a validade por tempo indeterminado, afinal, reparar os horrores da guerra não foi/é uma tarefa simples.
Ao longo dos anos o Plano Colombo passou de sete membros – Austrália, Reino Unido, Canadá, Sri Lanka, Índia, Nova Zelândia e Paquistão – para mais de vinte nações. Atualmente compõem o Plano Colombo as seguintes nações: Afeganistão, Bangladesh, Mianmar, Butão, Coréia do Sul, Fiji, Filipinas, Japão, Índia, Indonésia, Irã, Laos, Maldivas, Malásia, Mongólia, Nepal, Nova Zelândia, Paquistão, Papua-Nova Guiné, Singapura, Sri Lanka e Paquistão.
A partir de 1977, com o estabelecimento de uma constituição entre os membros, o plano passa a se chamar Plano Colombo para Cooperação Econômica e Desenvolvimento Social da Ásia e do Pacífico.
Assim como o Plano Marshall excluiu a União Soviética de seu plano de recuperação e investimentos, já num momento acalorado pelas disputas entre socialismo e capitalismo antes da Guerra Fria, o Plano Colombo deixou de fora a China comunista.
A organização existe até hoje e maiores informações podem ser consultadas em seu site oficial: http://www.colombo-plan.org/
Referência:
HOBSBAWM, E. J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914 - 1991. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras
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