A grosso modo, a conclusão que se pode extrair sobre o atual poderio militar brasileiro é que este se destaca em meio aos países da América Latina, sendo que o país fica atrás de países líderes no setor, como Estados Unidos, Rússia e China, e das potências europeias, como Reino Unido, França e Alemanha.
A maior aspiração da diplomacia brasileira permanece a mesma desde a década de 90, ou seja, a conquista de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, posição de destaque, reservada aos vitoriosos na Segunda Guerra Mundial e que demanda enorme responsabilidade por lidar com as principais questões político-diplomáticas mundiais. O problema em relação à candidatura brasileira é que, em primeiro lugar, a reforma no Conselho de Segurança precisa ainda ser melhor avaliada, e além disso, personagens cruciais para o sucesso da pretensão brasileira não se manifestam a favor do país, ou mesmo apoiam outros países para a possível vaga a ser criada.
A movimentação na área estratégico-militar é intensa desde 2009, sendo exemplos disso a compra de 63 helicópteros - 12 da Rússia e 51 da França, além da aquisição aos franceses de quatro submarinos Scorpène e da tecnologia do casco do submarino nuclear, além da construção de um estaleiro para montar as embarcações e uma nova base naval no Rio.
Entende-se que as compras de material militar recentemente concluídas pelo governo não apenas repõem a capacidade bélica do País, mas também apontam para uma alteração, a longo prazo, do peso político-estratégico do Brasil no mundo. A alteração maior de poder bélico, contudo, virá com a entrada em operação do submarino nuclear - previsto para 2020.
Também merece destaque a Estratégia Nacional de Defesa ¹, documento de 64 páginas que lista 19 ações programadas para execução no campo da Defesa. Outro ponto importante, e amplamente divulgado pela imprensa está no projeto de compra dos 36 jatos de ataque, cuja avaliação se arrasta desde o final da década de 90, e que permitiria ao Brasil, com tal aquisição, não só o aumento de sua capacidade militar, mas também o importante fator da transferência de tecnologia, a qual os especialistas acreditam que o país não tem explorado a contento.
O entendimento das autoridades é que o Brasil hoje conquista muita coisa pelo seu soft power, ou seja, a capacidade de se articular com os países do mundo, havendo, porém um descompasso deste com a sua capacidade militar e tecnológica. Esse descompasso acaba por cobrar um certo peso estratégico do qual o país necessita para dar o passo maior rumo à condição de potência mundial.
Bibliografia: Analistas vêem maior poderio militar do Brasil. Disponível em
¹ http://www.defesa.gov.br/projetosweb/estrategia/arquivos/estrategia_defesa_nacional_portugues.pdf
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