Os meios de propaganda nazista foram bastante conhecidos e eficazes. O cinema funcionou como o principal meio de se transmitir as mensagens do regime e por meio dele era possível entrar nas escolas e compor o sistema de ensino. O cinema funcionava, assim, como instrumento para ideologia nazista. Ao mesmo tempo que proibia as produções fílmicas de caráter mais pacifista, a UFA produzia conteúdos de exaltação ao heroísmo alemão e suas ações durante a Primeira Guerra Mundial e contra a União Soviética.
Um dos nomes mais importantes do serviço de propaganda nazista é o de Joseph Goebbels, que vai ocupar o cargo de Ministro da Propaganda de Hitler. Produzindo atualidades em forma de um jornal cinematográfico, Goebbels tem papel fundamental na difusão da ideologia nazista e do antissemitismo.
Goebbels foi o braço direito de Hitler, que exigia que as atualidades – o jornal cinematográfico – se dedicasse integralmente às ações heroicas alemãs, entrando pouco nos aspectos da vida cotidiana, enaltecendo sempre o regime e por esse meio difundindo sua ideologia. As atualidades foram preparadas com as mesmas preocupações de filmes complexos, de ficção. Isso já dá a dimensão da importância que a propaganda tinha no governo nazista.
Para esse tipo de produção a Alemanha dispunha de um vasto material e equipamento. Eram mais bem servidos que Inglaterra e Estados Unidos, por exemplo. As equipes alemãs eram maiores, bem como seus acessos à tecnologia e aparelhagem.
O conteúdo desses materiais – que de forma bem evidente eram parte da propaganda do regime nazista – apresentava os judeus como fonte principal dos problemas sociais e econômicos alemães. O fator psicológico contou muito para eficácia deste método.
Goebbels, além de atuar como ministro da propaganda – que já demonstra a preocupação de estado com tal prática – atuou também como diretor de um jornal que trazia em suas páginas textos antissemitas, foi fundamental na criação e divulgação de material antissemita. Goebbels e seu ministério foram responsáveis por uma verdadeira máquina de propaganda que tomou toda a sociedade alemã.
Da mesma forma estes jornais eram largamente utilizados para obtenção de apoio aos nazistas. Um outro importante nome deste projeto foi Leni Reiefenstahl, um dos mais famosos propagandistas do governo nazista. Seu filme, O Triunfo da Verdade, é um dos principais exemplos da utilização do cinema à serviço da propaganda ideológica de estado. Este foi um filme bastante popular durante o governo de Hitler.
A propaganda já carrega o significado de tentar influenciar a opinião pública através dos meios de comunicação e, neste caso, à serviço do estado. A adesão às normas e ideais transmitidos através da propaganda garantiam a manutenção do poder e a implementação de suas intenções políticas.
Desta forma a propaganda nazista atingiu diversas formas de transmitir uma ideia, ocupando as mais variadas mídias. A arte em geral, a música, o teatro, os filmes, os livros, o rádio, o material escolar e mesmo a imprensa foram meios de transmissão do ideal nazista. Atingindo boa parte dos meios de informação, atingia também a maioria da população.
Neste cenário o papel de Goebbels foi de garantir que nenhum cidadão ou nenhuma cidadã na Alemanha tivesse acesso a ideias contrárias ao partido. Além disso garantia também que a ideologia nazista fosse transmitida e chegasse ao maior número de pessoas possível, da forma mais convincente e sedutora.
Assim, a propaganda nazista foi uma das principais estratégias tanto para sustentação do governo de Hitler como para difusão de suas ideias. O Terceiro Reich soube bem utilizar dos meios de comunicação e de informação para manutenção do sistema e para difusão do seu ideal racista, antissemita e controverso.
REFERÊNCIAS:
FERRO, Marc. História da Segunda Guerra Mundial. Editora Ática: São Paulo, 1995.
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