Termas

Termas (do latim thermae) era o nome utilizado na antiga Roma para se referir aos locais destinados aos banhos públicos. Já no segundo milênio a.C., na Mesopotâmia, e por volta de 1800 a.C., na ilha de Creta, era comum a utilização de banheiras particulares, feitas de cerâmica, num formato semelhante ao atual. Em ruínas de antigas cidades, como Mohenjo-Daro, um dos primeiros núcleos urbanos da Índia, encontram-se piscinas antigas que eram destinadas a banhos públicos.

Acredita-se que o costume de banhos públicos em piscinas aquecidas tenha surgido na Grécia antiga, derivado da preocupação com as competições atléticas e exercícios físicos em geral. Os participantes dos jogos costumavam passar óleo pelo corpo, o que tornava o banho imprescindível. Em alguns casos, as casas de banho eram abastecidas por fontes naturais de água quente, as chamadas "termas", permitindo aos atletas se livrarem da maior parte do óleo antes de mergulharem em água fria.

Quando os romanos conquistam a Grécia, muitos dos costumes locais são assimilados, incluindo o das casas de banho, que também chamam de termas. Na versão romana, haviam três partes principais: caldarium, tepidarium e firigdarium. Inicialmente, os banhistas iam ao caldarium, onde tomavam um banho a vapor, por meio de um sistema de aquecimento localizado no subsolo, no compartimento conhecido como hipocausto. Depois do banho de vapor, passava-se a um banho morno de imersão no tepidarium, cuja água também era aquecida pelo forno do hipocausto, ou por um sistema a parte. Finalmente, o banhista ia nadar na piscina fria, o frigidarium.

A sala de banhos tinha o piso coberto por ladrilhos, ou mosaico, sustentados por uma série de pilares de tijolos, formando uma sala no subsolo. Num dos cantos localizava-se uma fornalha, cujos gases e as chamas passavam por baixo do piso, saindo por uma chaminé no lado oposto.

Com o tempo, as casas de banhos públicos começaram a se transformar em amplos centros de lazer. Além do ginásio, começaram a surgir em anexo bibliotecas, museus e jardins, locais onde as pessoas se reuniam para conversar. Algumas destas termas acabaram por constituir complexos gigantescos. Com a queda do Império Romano, os árabes adotaram o costume, e mantiveram ativas muitas das termas romanas originais nos locais que conquistavam. O banho turco, ou hamman, tornou-se característica comum aos países islâmicos, copiando muito da estrutura criada pelos antigos romanos. Por outro lado, as tribos bárbaras que conquistaram o império, não assimilaram o costume dos banhos públicos, que entraram em decadência durante a Idade Média.

Bibliografia: HEITLINGER, Paulo. Balneários romanos («termas»). Disponível em: . Acesso em: 18 ago. 2012.

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