A República do Togo (em francês: République Togolaise) é um pequeno país localizado à África Ocidental com um território de 56.785 km², um pouco maior que o estado do Rio de Janeiro. Com uma população de cerca de 6.771.993 indivíduos, esta divide-se em mais de 20 grupos étnicos diferentes. A capital e principal cidade do país é Lomé, no litoral, fundada pelo povo Ewe, no século XVIII. Os países que fazem fronteira com Togo são Burkina Faso ao norte, Ghana a oeste e Benim a leste, sendo que ao sul está o Golfo da Guiné. Os atuais limites de Togo derivam de seu passado colonial, primeiro como território ultramarino alemão, depois como parte da África Ocidental Francesa. A língua oficial e nacional é o francês, sendo que no cotidiano os habitantes do país utilizam dezenas de línguas regionais, em especial o ewe, mina e kabye. A maioria da população, cerca de 51%, adota cultos tradicionais africanos como sua religião, sendo 29% de cristãos e 20% de muçulmanos.
O povo ewe se mudou para a região vindo vale do rio Níger entre os séculos XII e XIV. Cerca de cem anos depois, exploradores portugueses visitam a costa. Nos próximos 200 anos, o litoral torna-se centro para os europeus em busca de escravos, ganhando o nome de "Costa dos Escravos". Em 1884, um tratado assinado em Togoville (cidade que daria o nome ao futuro país), a Alemanha declarou um protectorado sobre o trecho de território ao longo da costa e, gradualmente, estendeu seu controle ao interior. A colònia, conhecida a partir de então como Togoland, tornou-se um modelo da colonização alemã, por ser o único território ultramarino do país a ser auto-suficiente. Em meio à Guerra Mundial, em 1914, Togoland é invadida por forças francesas e britânicas, caindo após breve resistência, tornando-se mandato da Liga das Nações, dividido entre França e Reino Unido para fins administrativos.
Após a Segunda Guerra, Togo é declarado território sob tutela da ONU administrado pelo Reino Unido e França. Durante os períodos de mandato e de tutela, o oeste do Togo foi administrado como parte da Costa do Ouro Britânica. Em 1957, os moradores do Togoland britânico votaram pela adesão à Costa do Ouro, como parte da nova nação independente de Gana.
Por lei, em 1955, a parte francesa torna-se uma república autônoma dentro da União Francesa, apesar de conservar seu estatuto de tutela da ONU. A 10 de setembro de 1956, Nicholas Grunitzky tornou primeiro-ministro da República do Togo. No entanto, devido a irregularidades no plebiscito, uma eleição sem supervisão geral foi realizada em 1958, vencida por Sylvanus Olympio. Em 27 de abril de 1960, em uma transição suave, Togo cortou os seus laços constitucionais com a França, decretou o fim de seu estatuto de tutela da ONU, e se declara independente sob uma constituição provisória com Olympio como presidente.
Em 1963 o presidente Olympio é assassinado em uma revolta do exército de oficiais não-comissionados insatisfeitos com as condições após sua dispensa do exército francês. Grunitzky voltou do exílio dois dias mais tarde para encabeçar um governo provisório como primeiro-ministro. Em 13 de janeiro de 1967, o tenente-coronel Etienne Eyadema (mais tarde general Gnassingbe Eyadema) depõe Grunitzky em um golpe militar. Os partidos políticos foram proibidos, e todos os processos constitucionais foram suspensos. Eyadema permaneceria no poder até sua morte, a 5 de fevereiro de 2005, sendo que seu filho, Faure Gnassingbe segue como presidente, sofrendo fortes contestações em relação à sua permanência no poder, assim como seu pai e antecessor.
Bibliografia: Togo. Disponível em
Background note: Togo(em inglês). Disponível em
Mapa: http://agsp.worlded.org/togo.htm
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