Augusto

Caio Júlio César Otaviano Augusto (nascido Caio Otávio) foi o primeiro imperador romano. Ele era sobrinho-neto de Júlio César e por ele foi adotado. Assim como Júlio César, Otávio também compôs um triunvirato, o Segundo Triunvirato Romano, uma aliança efetivada para que líderes dividissem o poder. O Segundo Triunvirato foi reconhecido oficialmente, e era formado por Otávio, Emílio Lépido e Marco Antônio. Uma das principais intenções do trio era perseguir os conspiradores responsáveis pelo assassinato de Júlio César. No entanto, a relação do trio foi abalada, primeiro pela tentativa de Lépido em tomar o poder, e depois pela disputa entre Otávio e Marco Antônio, que na Batalha de Actum entraram em conflito aberto no mar da Grécia. Otávio saiu vencedor da disputa, e Marco Antônio, apoiado por Egito e lutando ao lado de Cleópatra, fugiu com a faraó para as terras ao norte da África, marcando o fim do segundo triunvirato e o início do Império Romano, sob a liderança de Otávio.

Vencendo seus opositores foi nomeado o grande e principal general, sendo reconhecido pelo senado como o principal, ou o príncipe. Por isso recebeu o título de Augusto, como ficou conhecido na História. Por ser o príncipe, o regime passou de uma república para império. Foi durante o governo de Augusto que ocorreu o período conhecido como a Pax Romana.

Estátua do primeiro Imperador Romano, Augusto. Foto: Gilmanshin / Shutterstock.com

O período de ascensão de Otávio, de transição da República para o Império, foi marcado pela expansão romana. Dar conta de um território extenso era uma das maiores dificuldades encontradas pelos seus governantes, afinal, para manter seu amplo território, formado por diversos povos, era preciso o uso da força do exército. Foi necessário, portanto, desenvolver meios de garantir o controle de todo o território recém conquistado. Nesse contexto as guerras civis eram constantes, e a conquista de outros povos, com suas diferentes culturas, nem sempre era um processo pacífico. Nesse período houve, além da expansão territorial, uma difusão da cultura romana. A ascensão do primeiro imperador – Augusto – foi um dos marcos importantes para a garantia de certa estabilidade no início do Império Romano. Assim, a pax romana, período iniciado durante o governo de Augusto, foi um momento de garantia de paz e tranquilidade sobre Roma.

Com a concentração do poder nas mãos de um só imperador foi possível centralizar as atividades administrativas, garantindo coesão e controle ao Império. O imperador contou com as legiões romanas, formadas por soldados, não só para difundir a cultura romana, mas também para garantir a segurança das fronteiras do império, evitando possíveis invasões e saques. Além disso, cabia também aos soldados acabar com revoltas e rebeliões dos povos conquistados. As obras de infraestrutura foram também importantes nesse processo, especialmente a construção de estradas, que garantiam não só a chegada dos soldados às terras mais distantes do Império, como também a chegada dos impostos arrecadados nas terras distantes a Roma.

A figura de Augusto foi, portanto, emblemática na história de Roma e foi fundamental para sua estabilidade e expansão. Marcou o início do Império Romano. Foi durante seu governo que se garantiu a Pax Romana, por meio da centralização de poder nas mãos do imperador e do controle do território extenso que Roma havia conquistado.

Referência:

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

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