As convulsões, também chamadas de crises convulsivas são contrações musculares involuntárias de uma parte ou de todo o corpo provocadas por anormalidades no funcionamento cerebral e, em geral, podem se durar entre 3 a 5 minutos dependendo do motivo e da severidade. Muitos confundem a convulsão com a epilepsia, porém para considerarmos um indivíduo epiléptico é necessário a consulta com um médico especialista em neurologia e ser diagnosticado com síndrome epiléptica, porém alguns quesitos também são importantes indicadores do mal epiléptico, crises que duram mais de 5 minutos ou crises recorrentes sem motivo aparente em período de até 10 anos. Nos Estados Unidos a estimativa de ocorrência das crises convulsivas ocorre em aproximadamente 5% da população, sendo uma condição mais frequente em crianças nos primeiros anos de vida , neste caso a crises mais comuns se dão em decorrência de febre alta e pode ocorrer em 2% a 5% de crianças saudáveis no que se refere ao padrões neurológicos, muito provavelmente devido a imaturidade fisiológica do tecido cerebral infantil e ao risco elevado de infecções.
As crises convulsivas ocorrem devido a falha de comunicação celular no cérebro, onde as células disparam sinais elétricos em excesso, especialmente nas regiões responsáveis pelo controle motor, o que irá provocar os abalos musculares. Outras regiões também podem sofrer com essa falha de comunicação ocorrendo outros sintomas como salivação excessiva, perda de consciência, relaxamento do esfíncter causando diurese e até a evacuação durante o processo. O tipo mais frequente é a crise convulsiva generalizada, chamada de crise tônico-clônica, onde há desmaio, seguido de abalos musculares generalizados, perda de consciência, com movimentos oculares e aumento de salivação.
Dentre as causas mais comuns estão; a febre alta, principalmente em crianças, intoxicação por drogas ou medicamentos, infecções como a meningite, traumatismo craniano e tumores cerebrais.
Durante as crises convulsivas é aconselhado afastar a vítima de locais perigosos especialmente lugares que contenham objetos cortantes, retirar objetos pessoais, proteger a cabeça do indivíduo porém não impedindo sua agitação para não provocar lesões na medula, manter a pessoa de barriga para cima lateralizando a cabeça para evitar possíveis engasgos durante a crise, afrouxar roupas quando for necessário. Não se deve dar água a pessoa durante a crise ou após, enquanto estiver inconsciente, não colocar a mão na boca da vítima a fim de desenrolar a língua e não medicar o indivíduo.
Após a crise, as vítimas normalmente caem em sono profundo. Exceto em traumatismo craniano, esta condição de sono não deve ser evitada. Após o período de sono o indivíduo geralmente acorda e continua desorientado por algum tempo. É aconselhado levar a pessoa à emergência para que sejam tomados os devidos cuidados.
Algumas dicas são valiosas afim de evitar as convulsões, dentre elas :
Referências:
http://www.ilae.org/Visitors/Centre/Definition_Class.cfm
Chapman AH, Santana MC. Machado de Assis’s own writings about his epilepsy: A brief clinical note. Arq Neuropsiquiatr 2000; 58(4):1153-4
CHEVRIE, Jean-Jacques. Epileptic seizures and epilepsies in children. A pratical approach to epilepsy. New York: Pergamon Press Inc, p. 17-39, 1991.
NASCIMENTO, L. F., LIBERALESSO, P. B. N., JURKIEWICZ, A. L., ZEIGELBOIM, B. S., & JÚNIOR, A. L. Crises convulsivas febris na sala de emergência. Análise de 66 casos pediátricos.
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