O assassinato de Cômodo em 192 d.C., último líder da dinastia nerva-antonina, levou à uma crise no Império romano, especialmente para ocupação do trono. O ano 193 d.C. ficou conhecido como o ano dos cinco imperadores, pois cinco homens reivindicaram ou assimiram o cargo de imperador: o senado escolheu Pertinax, o prefeito, para que tomasse o poder, restabelecendo a ordem, especialmente nas questões financeiras e na organização militar. Pertinax acabou morto, assassinado por forças pretorianas que se opuseram à indicação de seu nome e que tinham por intenção conquistar o poder do Império. Os pretorianos, ao assassinarem Pertinax, leiloaram o império e acabou sendo arrematado por Didius Julianus. Porém, as legiões das províncias sagraram outro imperador: Septimius Severus. As legiões da Síria escolherem outro nome: Pescennius Niger, e as da Bretanha optaram por Clodius Albinus. Como era o que se localizava mais próximo à Roma, e por isso chegaria com mais facilidade e agilidade à capital, o poder ficou com Severus.
Severus governou de 193 d.C. a 211 d.C., e logo ao chegar à Roma depôs Juliano, morto na ocasião, e foi reconhecido pelo senado. Rumou em direção ao Oriente para combater as legiões de Níger, de onde saiu vencedor. Enfrentou também os partas e os árabes, e entrou em batalha contra Albinus, que também acabou morto. Enfrentou outras tantas batalhas, das quais saiu vencedor. Somente foi vencido em 211 d.C., onde morreu em combate contra a Britânia. Seu governo priorizou o exército romano ao máximo, através da garantia de poder do exército, e de sua participação na vida administrativa do Império.
Seu sucessor foi Caracala, seu filho, que governou o Império entre os anos de 211 d.C. e 217 d.C.. Foi um dos mais cruéis imperadores de Roma. Matou o irmão, e promoveu uma política violenta contra todos que a ele se opunham. Com a finalidade de arrecadar mais impostos, concedeu cidadania a todos os habitantes do Império, para que contribuíssem com a taxação destinada apenas a cidadãos romanos. Caracala foi morto em 217.
Caracala foi sucedido por Heliogábalo, que governou Roma por apenas quatro anos, entre 218 d.C. e 222 d.C. Heliogábalo teve como prioridade o seu reconhecimento como Imperador, a partir do culto a sua divindade por todo o Império. Heliogábalo tinha influências orientais, tais como o culto a sua divindade, e por isso suas práticas não foram bem aceitas entre os romanos, fazendo com que ele fosse morto.
Alexandre Severo foi então o último Imperador da Dinastia Severa, tendo governado Roma entre 222 d.C. e 235 d.C.. Alexandre buscou uma reaproximação com o senado, com a intenção de mediar questões sociais e econômicas do império a partir de suas instituições. Assim, distribuição de alimentos, aumento salarial e empréstimos para aquisição de terras foram medidas internas do seu governo. No entanto, uma forte crise abalou seu governo: um conflito no Oriente. Os Sassânidas tinham por intenção refundar o antigo Império de Dário. Alexandre mobilizou-se e conseguiu expulsar os persas da região da Mesopotâmia. Aproveitando-se da energia depositada por Alexandre em vencer os persas, os bárbaros ameaçaram as fronteiras do Império Romano. Aconselhado por sua mãe, Alexandre preferiu negociar com os invasores garantindo-lhes o pagamento de uma quantia anual pela manutenção do Império. A decisão de Alexandre não agradou os soldados romanos que acabaram por aclamar Maximino, um descendente bárbaro, como novo Imperador, colocando fim assim na Dinastia Severa.
Referência:
GIORDANI, Mario Curtis. História de Roma: A antiguidade Clássica II. Petrópolis, Ed. Vozes, 2001.
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