A epilepsia, de acordo com especialistas, é considerada uma doença cerebral classificada por qualquer uma das seguintes condições:
A epilepsia pode ser classificada em :
A epilepsia do tipo idiopática é classificada como predominantemente genética ou de origem presumidamente genética no qual não há anormalidade anatômica ou patológica, neste grupo também estão inclusas as epilepsias multigênicas porém suas bases genéticas não foram elucidadas até o momento.
A epilepsia sintomática é definida como uma epilepsia de causa adquirida e está associada com anormalidades anatômicas e patológicas brutas, e características clínicas indicativas bem definidas da condição patológica, neste grupo estão inclusas desordens congênitas desenvolvidas, onde estas estão relacionadas com alterações patológicas cerebrais.
A epilepsia provocada é assim chamada por ser causada por fatores ambientais ou sistêmicos, nesta não há alterações neuroanatômicas ou neuropatológicas facilmente identificáveis.
A criptogênica é a epilepsia cuja causa não foi bem esclarecida, neste caso há uma redução do número de casos ao longo dos anos, mesmo assim ainda é uma categoria importante por estar relacionada com ao menos 40% de relatos epilépticos em adultos.
Os sintomas da epilepsia variam entre crises de ausência, distorções de percepção ou movimentos descontrolados de partes do corpo, sentimentos repentinos de medo, desconfortos, visões ou audições irreais, perda de consciência, e normalmente após as crises epilépticas podem ocorrer déficits de memória e / ou confusão mental. Em casos de crises chamadas de crises tônico-clônicas o paciente perde a consciência e depois cai ficando com seu corpo enrijecido, após este evento ocorre uma série de contrações musculares fazendo com que o paciente trema e se debata. Em geral as crises não são perigosas desde que não durem muitos minutos, como em alguns casos que chegam a passar de até 30 minutos sem que os pacientes recuperem a consciência.
Para o diagnóstico da epilepsia são necessárias exames de neuroimagem e eletroencefalograma (EEG), porém além destas ferramentas é preciso conhecer o histórico do paciente, e como muitos casos os pacientes não se lembram das crises é fundamental que haja uma testemunha para a efetiva investigação do tipo de epilepsia e para que o paciente tenha uma terapia adequada, é também fundamental procurar auxílio especializado para receber o tratamento correto.
Atualmente no mercado existem diversos medicamentos com ação antiepiléptica que, na maioria dos casos, são eficazes. Para alguns casos também são recomendados procedimentos cirúrgicos afim de extirpar o foco epiléptico.
Apesar dos sintomas prejudicarem o cotidiano dos portadores que não seguem o tratamento de forma correta, muitas pessoas conseguem levar uma vida normal, tendo ainda, destaque em suas carreiras profissionais, como o pintor holandês Van Gogh, o roqueiro inglês Ian Curtis da banda Joy Division, e Machado de Assis um dos maiores escritores da história de nosso país sendo também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Referências: FISHER, Robert S. et al. ILAE official report: a practical clinical definition of epilepsy. Epilepsia, v. 55, n. 4, p. 475-482, 2014.
Shorvon, S. D. (2011), The etiologic classification of epilepsy. Epilepsia, 52: 1052–1057. doi: 10.1111/j.1528-1167.2011.03041.x
Chapman AH, Santana MC. Machado de Assis’s own writings about his epilepsy: A brief clinical note. Arq Neuropsiquiatr 2000; 58(4):1153-4
DANTAS, Fábio Galvão; RIBEIRO, Clarissa Dantas; SILVA JUNIOR, Windsor Ramos da. Epilepsia em celebridades. J. epilepsy clin. neurophysiol., Porto Alegre , v. 14, n. 2, p. 71-75, June 2008 .
Links de referência: http://www.ilae.org/Visitors/Centre/Definition_Class.cfm http://epilepsia.org.br/ http://www.comciencia.br/reportagens/epilepsia/ep19.htm http://www.comciencia.br/reportagens/epilepsia/ep09.htm
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