Em 2019, o mundo vem presenciando uma intensa guerra comercial entre China e Estados Unidos que vem gerando uma intensa repercussão mundial e preocupação de muitos chefes de estados do mundo afora. Porém, como esse conflito chegou à essas proporções?
Em 2016, após sua eleição, o republicano Donald Trump em seu discurso de posse prometeu um país mais forte e poderoso à âmbito mundial.
A partir desse discurso, Trump instaurou uma política nomeada de “America First” marcada por enfatizar o nacionalismo econômico americano e o unilateralismo, que rejeite as políticas globais. Para pôr em prática seu discurso, o presidente americano vem tomando medidas para fortalecer a indústria e comércio americano em detrimento de produtos importados do exterior.
A China, que até a década de 1970, era vista como um país pobre e atrasado, teve uma mudança de postura a partir da reforma Deng Xiaoping (1978), que a longo prazo, determinou como metas triplicar o PIB do país, investir massivamente em educação, indústria e infraestrutura, além de estabelecer zonas econômicas especiais e cidades com desenvolvimento econômico e tecnológico situadas em todo o território chinês.
As décadas se passaram e a China apresentou elogiáveis índices econômicos, devida à sua grande taxa de industrialização e a quantidade de mão-de-obra barata existente em território chinês, se configurando como um fator de atração industrial de todo mundo.
Nos últimos anos, o governo chinês vem investindo bastante em tecnologias, produzindo produtos com maior qualidade. Essa mudança de patamar econômico e tecnológico fez a China ser o país com a segunda maior economia do mundo e a passos largos para alcançar o primeiro o posto – pertencente aos EUA.
O atual crescimento econômico chinês vem incomodado bastante o governo estadunidense, que em março de 2018, decidiu aumentar a tarifa de alguns produtos chineses exportados (aço e alumínio), ou seja, o governo chinês passou a pagar mais impostos por cada produto exportado para os EUA.
Para o presidente o aumento da taxação de impostos de produtos chineses comprados tem dois motivos principais:
Indignados com a medida de Trump, que gerou um aumento no pagamento de impostos para o país – cerca de 50 bilhões de dólares de prejuízo -, o governo chinês também decidiu taxar os produtos exportados para os EUA, que novamente taxou mais produtos chineses exportados, acarretando no acirramento da guerra comercial entre as duas potências.
Esse conflito de ordem econômica, afeta diretamente todo o mundo, já que Estados Unidos e China são os países que mais arrecadam com exportações. Com a taxação de impostos, seus produtos podem ter um aumento de preço e levar à redução do consumo por parte dos mercados consumidores de muitos países em âmbito mundial.
No G20 e G8, as alternativas para evitar a recessão econômica de muitos países, que pode ocorrer com o acirramento dessa guerra comercial, são uma das pautas mais debatidas nesses fóruns.
Com o aumento das tarifas nas importações de produtos americanos, a China passou a procurar mercados fornecedores mais baratos. O Brasil, como é o terceiro país em exportação agrícola passou a vender mais para os chineses, o que gerou um crescimento de 35% nas exportações brasileiras em 2018.
Também houve aumento na exportação na venda de produtos manufaturados (combustível refinado e peças industriais) oriundos do setor industrial brasileiro, que em 2018, vendeu 1,2 bilhões de reais a mais em relação à 2017.
Referências:
https://www.youtube.com/watch?v=L78mLnTu-Rg
https://veja.abril.com.br/mundo/no-curto-prazo-guerra-comercial-entre-a-china-e-os-eua-favorece-o-brasil/
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,5-pontos-para-entender-a-guerra-comercial-entre-eua-e-china,70002887026
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1104216/1/Guerracomercial.pdf
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