O caule define a forma e a estrutura de uma planta e é o principal responsável pelo seu porte (aparência geral) ou o seu hábito. O hábito de uma planta é a sua forma de vida quando adulta. A aparência geral da planta ou o hábito pode ser bastante variável.
Palmeiras, fetos arborescentes, bambus e agaves não possuem um tipo de hábito específico. Representam casos particulares onde seu porte é o seu próprio hábito. Uma palmeira ou um feto arborescente não deve ser chamado de árvore, nem bambu de erva. Mais especificamente no caso das agaves, dracenas e cordilines é indicado utilizar a expressão “porte agavóide”.
Palmeira – Euterpe precatoria, Arecaceae
Feto arborescente – Dicksonia sellowiana, Dicksoniaceae
Bambu – Guadua weberbaueri, Bambusoideae
Porte agavoide – Furcraea foetida, Asparagaceae
As árvores formam a grande maioria da biomassa da floresta. Formas de vida como as lianas e epífitas utilizam as árvores como suporte, ou os seus ambientes são influenciados por elas (arbustos e herbáceas). As espécies ocupam diferentes estratos na floresta e a maioria chega a atingir o dossel. Algumas espécies podem ter a copa acima do dossel e são chamadas de emergentes. Outras ocupam o estrato abaixo do dossel, o subdossel. O sub-bosque é formado por árvores pequenas no interior da floresta. Árvores grandes podem parecer arbustos ou arvoretas quando jovens. Algumas chegam a ficar pequenas até terem condições melhores de crescimento quando uma clareira é aberta na comunidade vegetal. A densidade de arbustos é maior em áreas alagadas, próximas aos igarapés, em áreas secundárias e no sub-bosque da campinarana. Existem ervas que são especializadas em determinados ambientes. As macrófitas aquáticas vivem dentro d’água ou em solos encharcados. As lianas são uma forma de vida pouco coletada na Amazônia e um pouco menos conhecidas do que as outras formas de vida. Às vezes é difícil associar as suas folhas ao tronco, ainda mais quando vários cipós estão sobre a mesma árvore.
Referências bibliográficas:
Souza, V. C. et al. (2013). Introdução à botânica: morfologia. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora.
Judd, W.S.; Campbell, C.S.; Kellogg, E.A.; Stevens, P.F.; Donoghue, M.J. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. 3ª ed. Artmed, Porto Alegre. 612p. 2009.
Ribeiro,J. E. L. S., Hopkins, M.J. G., Vicentini, A., Sothers, C. A., Costa, M. A. S.,Brito,J. M., Souza,M.A.D.,Martins,L.H.,Lohmann, L. G.,Assunção, P.A., Pereira, E. C., Silva, C. F., Mesquita, M. R. & Procópio, L. C. 1999. Flora da Reserva Ducke. Guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra firme na Amazônia Central. INPA-DFID, Manaus, 800 p.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/plantas/habito-de-uma-planta/
Show life that you have a thousand reasons to smile
© Copyright 2024 ELIB.TIPS - All rights reserved.