A encefalopatia crônica não-progressiva é popularmente conhecida como paralisia cerebral (PC), é definida como um distúrbio permanente não invariável do movimento e da postura, proveniente de lesões não progressivas no cérebro que iniciam nos primeiros anos de vida. A PC é determinada pela mudança de movimentos posturais dos pacientes, em decorrência a uma lesão, ou disfunção do sistema nervoso central, não sendo causado por doença degenerativa.
A PC é a alteração motora mais comum em crianças, cerca de 1 a 2 crianças de cada 1000 nascidas, sendo mais comuns entre bebês prematuros, crianças com peso menor que 1,5 kg ao nascer, problemas durante o estado gestacional e doenças que causem anormalidades no fluxo sanguíneo da placenta ou útero.
A PC pode ser causadas por diversos fatores como mal formações genéticas, traumatismo craniano, prematuridade, infecções como meningite, sepse e encefalite ou doenças como a rubéola, sífilis, AIDS, toxoplasmose e consumo de drogas como o álcool, cigarros e outras drogas durante a gestação
Indivíduos com PC têm como prevalente aspecto o comprometimento motor, que influencia seu desempenho funcional.
Há quatro tipos básicos de paralisia cerebral:
Os sintomas da PC se diferenciam em cada indivíduo devido a região cerebral envolvida com a lesão, dentre os mais comuns estão o retardo mental, fraqueza muscular generalizada, dificuldade respiratória, transtorno de humor, problemas com linguagem e no desenvolvimento motor.
O diagnóstico da paralisia cerebral pode ser feito pelo médico após realizar exames físicos e de imagem que comprovam a condição do indivíduo.
O tratamento é realizado por diversos profissionais da área da saúde, sendo parte do grupo de especialistas, médicos, dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros profissionais.
Um dos tratamentos possíveis é a fisioterapia visto que esta ajuda na melhora postural da criança, no tônus muscular e na função respiratória e geralmente ajudam no quadro geral
O tratamento farmacológico é basicamente feito por medicamentos anticonvulsivantes, medicamentos para controle de distúrbios afetivos e controle da agitação decorrente da deficiência mental. Não existe cura para a PC, porém o tratamento com fisioterapia em conjunto com os medicamentos podem melhorar o quadro e sintomas da paralisia.
Atualmente pesquisas estão em desenvolvimento para a utilização de células tronco (CT) na PC, este tipo de tratamento visa a regeneração da região lesada.
Como as causas da PC são geralmente indefinidas, a prevenção se torna difícil de realizar. Apesar das dificuldades é aconselhado o acompanhamento pré natal, desde a primeira semana de gestação. Pesquisas são necessárias para elucidar as diversas causas de PC, facilitando futuramente o desenvolvimento de métodos preventivos.
Referências bibliográficas:
http://www.policlin.com.br/drpoli/130/
http://www.tuasaude.com/paralisia-cerebral/
LEITE, J. M. R. S.; PRADO, GF do. Paralisia cerebral: aspectos fisioterapêuticos e clínicos. Revista Neurociências, v. 12, n. 1, p. 41-45, 2004.Disponível em: http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2004/RN%2012%2001/Pages%20from%20RN%2012%2001-7.pdf
DE PAULA, SIMONE et al. O potencial terapêutico das células-tronco em doenças do sistema nervoso. Scientia Medica, v. 15, n. 4, p. 263-9, 2005.
Show life that you have a thousand reasons to smile
© Copyright 2024 ELIB.TIPS - All rights reserved.