O Estado do Amapá, situado na Região Norte, tem uma extensão territorial de 142.827,89 quilômetros quadrados e uma população, segundo a estimativa de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 829.424 habitantes, que correspondem a 1,35% do contingente populacional do Brasil.
Com a baixa densidade demográfica no estado, cerca de 5,75 habitantes por quilômetro quadrado, o Amapá apresenta grandes vazios populacionais ao longo de sua extensão territorial.
Entretanto, o Estado do Amapá é a unidade federativa que apresenta o maior crescimento demográfico no país, com aproximadamente 4% ao ano. Estimativas do IBGE, apontam que em 2030, a população do Amapá irá ultrapassar o número de 1 milhão de habitantes. Esse aumento populacional se deve por dois fatores, o aumento do crescimento vegetativo e ao intenso fluxo migratório que o Estado vem recebendo.
No período de 1991 a 2010, houve um grande aumento no contingente populacional oriundo de outras regiões do país. Em 1991, a população migrante de outros estados representava 25,8% do total da população, que em grande parte era da Região Norte, sobretudo do Pará, que segundo dados do IBGE de 2015, 20% da população do Amapá é composta por paraenses. Em 2000, o percentual de migrantes aumentou para 32,5%, diminuindo em 2010 para 31,5%.
Esse movimento migratório ocorreu por busca de oportunidade de emprego, escolas e atendimento médico, devido à precariedade dos serviços oferecidos nos municípios de origem, sobretudo do interior de Pará e Amazonas.
Quanto a composição étnica do Estado, o Censo de 2010 do IBGE, atesta que grande parte da população do Amapá é composta por 65,72% de pessoas que se intitularam como pardas. Em seguida, vem a população que declarou ser branca englobando 21,62% dos pesquisados. As pessoas que se declaram pretas atingiram o índice de 8,39%. Por fim, as etnias amarela e indígena foram mencionados por um pouco mais de 2% do contingente populacional do Estado.
O Amapá tem uma das maiores taxas de urbanização do país, que segundo o último censo demográfico do IBGE em 2010, 89,8% dos habitantes vivem em zonas urbanas. Dos 829.424 habitantes, grande parte residem na capital Macapá (493.634 habitantes), seguido por Santana (119.610), Laranjal do Jari (49.446), Oiapoque (26.627) e 141.107 pessoas nos 11 municípios restantes.
O estado tem um baixo índice de analfabetismo, pois 97,2% dos amapaenses com idade superior a 15 anos sabem ler e escrever. Em contrapartida, a taxa de mortalidade infantil é de 23 óbitos a cada mil nascidos com até 1 ano de idade, sendo quase o dobro da média nacional (12,8 óbitos) e a maior do país. Esse alto índice na mortalidade, segundo o governo do estado, são atribuídas às deficiências por exames preventivos durante a gravidez, apontando que 80% das gestantes não realizam as seis consultas mínimas de pré-natal, que são importantes para detectar possíveis doenças e enfermidades com o recém-nascido.
Em 1991 a 2010, o Amapá teve um considerável crescimento no Índice de Desenvolvimento Humano, passando de 0,472 para 0,708, tendo o melhor indicador na Região Norte e o décimo segundo melhor do país.
Contudo, a taxa de pessoas pobres em 2017 (que vivem com até R$ 410,00 por mês), atingem 45,9% da população amapaense, ou seja, mais de 300 mil amapaenses estão sob essa condição, que constitui o sexto maior índice de pobreza do país. Dentre os motivos destaca-se a crise no mercado de trabalho, o aumento do desemprego e da informalidade e a recessão econômica do país no últimos anos.
Referências:
https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2018/11/30/com-quase-o-dobro-da-media-nacional-ap-mantem-maior-taxa-de-mortalidade-infantil-do-pais.ghtml
https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2018/12/06/quase-46-da-populacao-do-ap-vive-em-situacao-de-pobreza-diz-ibge-indice-aumentou-em-1-ano.ghtml
Estudos brasileiros: o Estado do Amapá. Disponível em: https://fpabramo.org.br/publicacoes/wp-content/uploads/sites/5/2017/05/amapa_web.pdf
https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ap/panorama
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