Os recifes de corais são formações construídas a partir da deposição de carbonato de cálcio por diversos organismos marinhos, principalmente por corais, mas outros organismos, como algas calcárias e moluscos, também contribuem para a formação de substratos recifais. Os corais são animais cnidários da classe Anthozoa pequenos e muito frágeis que utilizam carbonato de cálcio da água para construir um exoesqueleto duro. Podem ser solitários, mas são principalmente coloniais e cada indivíduo em uma colônia de coral é chamado de pólipo. Um recife de corais é coberto por milhares de pólipos de coral.
Quando os pólipos morrem, novos pólipos crescem por cima dos esqueletos que ficam. Por isso, um recife de coral é composto por camadas muito finas de carbonato de cálcio resultante da sobreposição dos esqueletos das sucessivas gerações de pólipos. Assim, quando vemos um recife de corais, apenas a fina camada superficial é que é constituída por pólipos vivos.
Uma associação extremamente importante para os recifes de corais é a simbiose que ocorre entre as espécies de corais e microalgas conhecidas como zooxantelas. Essas algas vivem no interior dos tecidos dos corais, realizando fotossíntese e liberando para os corais compostos orgânicos. Em troca, as zooxantelas sobrevivem e crescem utilizando os produtos gerados pelo metabolismo dos corais. Elas também estão envolvidas na formação dos esqueletos e são responsáveis pelas cores dos corais.
Existem três tipos básicos de recifes de corais:
Os recifes de corais ocorrem principalmente em regiões com águas permanentemente quentes, claras e rasas, mas nas últimas décadas também foram registrados em águas profundas. O Brasil possui os únicos recifes coralíneos do Atlântico Sul, eles se distribuem por cerca de 3.000 km ao longo da costa nordestina.
Os recifes de corais são ecossistemas muito ricos em biodiversidade, abrigando uma infinidade de espécies de peixes, moluscos, crustáceos, cnidários e algas. Apesar de grande importância, os recifes encontram-se ameaçados no mundo inteiro. Entre as principais ameaças estão a sedimentação excessiva, a poluição e a pesca predatória.
Referências Ferreira, B. P.; Maida, M. Monitoramento dos Recifes de Coral do Brasil: situação atual e perspectivas. Brasília, DF: MMA, 2006. 120 p. (Série Biodiversidade, 18).
Ministério do Meio Ambiente. Conduta consciente em ambientes recifais. Brasília, DF: MMA, 2011.
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