O rio Ganges localiza-se no norte da Índia. Sua nascente mais distante é o rio Bhagirathi, que nasce do degelo no alto das montanhas do Himalaia. Depois de completar um percurso de cerca de 210 km o Bhagirathi se junta ao Alaknanda (que desce da montanha Nanda Devi, um dos picos mais altos do Himalaia) na cidade de Devprayag, formando o Ganges. O Ganges possui cerca de 2.525 km de extensão e flui pelo norte da Índia até encontrar-se com o rio Brahmaputra em Bangladesh e formar o Delta do Ganges (maior delta do mundo), que deságua no Oceano Índico, na Baía de Bengala.
A bacia hidrográfica do Ganges ocupa uma superfície estimada em cerca de 1.080.000 km² e inclui os afluentes do Ganges. Entres os principais afluentes estão os rios Yamuna, Gandak, Ghaghara e Filho. Essa bacia começou a ser habitada por seres humanos desde os tempos antigos, sendo considerada o berço da civilização indiana. Atualmente ela é densamente povoada.
Na bacia do Ganges o solo é bastante fértil. Na época de chuvas, geralmente de junho a setembro, o Ganges inunda grandes extensões de terra, fertilizando o solo e favorecendo a agricultura, com destaque para os cultivos de arroz, milho, trigo, cevada, cana-de-acúcar, juta e sementes oleaginosas, o que torna essa região uma das mais produtivas da Ásia. Durante o resto do ano o Ganges flui em nível baixo e é fonte de irrigação para uma extensa região.
O Ganges é considerado um rio sagrado pela população hindu da Índia. Eles acreditam que a deusa Ganga desceu do céu para habitar o rio, por isso eles tomam banho e bebem a água do rio, acreditando que seus pecados serão purificados. Hindus devotos visitam o Ganges diariamente para oferecer comida e flores para a deusa. Apesar do significado religioso e importância para o povo da Índia, o Ganges é um dos rios mais poluídos do mundo. A poluição é causada por dejetos industriais e humanos. Muitas indústrias despejam seus resíduos sem tratamento diretamente no rio. Além disso, as atividades religiosas aumentam a poluição com as oferendas jogadas no rio. Restos humanos e de animais também são jogados no rio.
Nesse rio vive o golfinho-do-ganges, um dos mamíferos mais raros do mundo, que é nativo dessa região. Esse animal está ameaçado de extinção devido o alto nível de poluição do rio. A poluição ameaça também os peixes dessa região, como o mahseer dourado, uma das espécies de peixes mais ameaçadas devido a degradação de seu habitat e pesca predatória.
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