As abelhas são consideradas os polinizadores mais importantes, pois além de serem extremamente eficientes na polinização, elas também representam cerca de 25.000 das 40.000 espécies de polinizadores.
Em ecologia, sociedade é uma relação harmônica entre seres da mesma espécie que se auxiliam mutuamente e vivem separados anatomicamente. Ao contrário do que muitos pensam, a maioria das abelhas é solitária, não vive em sociedade.
Na sociedade das abelhas (colmeia) distinguem-se três castas: a rainha, o zangão (cerca de 400 indivíduos) e as operárias (de 5.000 a 100.000 indivíduos).
A rainha é a mãe de todas as abelhas da colmeia e é responsável pela postura de ovos. É a única fértil para todos os zangões e a fecundação ocorre no voo nupcial. Seus óvulos são haploides (n) e quando fecundados originam ovos diploides (2n), que se transformam em larvas. Os óvulos não fecundados originam os zangões em um processo denominado partenogênese.
As larvas alimentadas com mel e pólen transformam-se em operárias, já as que recebem uma secreção glandular produzida pelas operárias, chamada de geleia real, evoluem para rainhas. Os zangões recebem alimentação igual a das operárias.
As operárias são fêmeas estéreis, vivem geralmente 60 dias e exercem diversas funções distribuídas de acordo com suas idades. As mais jovens (2º ao 3º dia) fazem a limpeza da colmeia. Após isso, do 4º ao 12º dia, dedicam-se à nutrição das larvas, zangões e rainha. Do 13º ao 18º dia elas produzem a cera, constroem e consertam os favos. Nesse período elas também produzem o mel, transformando o néctar das flores trazido pelas campeiras. Do 19º ao 20º dia elas defendem a colmeia contra inimigos. Do 21º ao 60º dia elas fazem o serviço externo, coletando néctar, pólen, água e própolis e levando para a colmeia, sendo chamadas de campeiras. A ordem dessas funções pode variar de acordo com as necessidades da colmeia.
Os favos são formados por alvéolos, que são utilizados para armazenamento de mel, pólen e para o desenvolvimento das larvas de zangões e operárias. A larva da rainha é criada num alvéolo modificado chamado de realeira. Quando a rainha morre ou deixa de realizar posturas por causa da idade avançada, as operárias escolhem ovos recentemente depositados ou larvas para se desenvolverem em realeiras, produzindo novas rainhas. A primeira rainha a nascer destrói as demais realeiras e luta com outras rainhas que tenham nascido ao mesmo tempo até que uma sobreviva.
Os zangões são responsáveis unicamente pela fecundação da rainha. Eles são atraídos pelo feromônio produzido pela rainha a uma distância de até 5 km durante o voo nupcial. Durante o acasalamento, o órgão genital do zangão fica preso no corpo da rainha e se rompe, ocasionando sua morte.
Referências: https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/organizacao.htm
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