A República Democrática Popular da Coreia é hoje notória pela sua política bélica e o seu enorme isolamento perante o resto do mundo. Seu regime totalitário de esquerda não apresentava maiores preocupações quando integrado em meio ao sistema socialista existente em várias partes do mundo até 1989. No entanto, a situação mudou drasticamente desde a queda do socialismo, mesmo porque, como um dos poucos regimes do tipo remanescentes desde então (ao lado de China, Cuba, Laos e Vietnã), a Coreia do Norte passou a receber maior atenção da opinião pública internacional.
Desde que esta atenção recebida ficou maior, o regime praticado neste país asiático foi aos poucos parecendo cada vez mais exótico e de difícil compreensão.
São poucos os vistos que permitem a entrada no país, e se conhece muito pouco de seu cotidiano, a não ser as notícias que o partido comunista local permita que se saiba. Desde a Segunda Guerra Mundial, apenas três chefes de estado comandaram o país, sendo que o atual, Kim Jong-Un assumiu o poder apenas em dezembro de 2011.
Assim, as conjecturas e suposições prevalecem sob o que se passa dentro do país. O que se tem como certo é que a Coreia do Norte é praticamente mantida na esfera internacional pelo seu grande vizinho, a República Popular da China, de mesma orientação política, mas sensivelmente mais flexível. Mesmo assim, há indícios de fome entre a população e de grande miséria devido às formas arcaicas de produção e agricultura.
Outra certeza é que o governo norte-coreano ainda alimenta o conflito com sua irmã e vizinha, a República da Coreia, de orientação capitalista, e um dos países mais desenvolvidos do continente asiático. A única diferença latente entre os dois países são seus regimes, mas, fora isso, a língua é a mesma, a cultura, a história.
Apesar da Guerra Fria ter acabado há décadas, o regime coreano, em seu delírio fechado, permanece vivendo a disputa como se ela estivesse no auge. Os grandes desfiles de tropas e armamentos organizados em grandes estádios são uma relíquia viva de outros tempos. O líder fundador do país, Kim Il-Sung é venerado como um deus, ao qual é atribuído várias lendas, como por exemplo, aquela na qual sua figura mágica levantou os mares para impedir a invasão da marinha norte-americana.
Kim Il-Sung morreu em 1994, e mesmo morto, segue exercendo o cargo de "presidente eterno". Seu filho, Kim Jong-Il teve a responsabilidade de guiar o regime coreano no auge da queda dos regimes socialistas, e o manteve em uma extrema clausura como forma de manobra, pois ante à ignorância das intenções bélicas de seu governo, sempre se temeu o pior do país.
Assim, barganhando por ajuda em troca de conter seu enorme investimento em armamentos (inclusive nucleares, o que se acredita que a Coreia do Norte já desenvolveu enormemente), o regime de Pyongyang tem sobrevivido até hoje. Mas, devido a tal fechamento, não se sabe o que esperar do líder recém-empossado, neto e filho dos dois anteriores chefes de estado.
Bibliografia: Coreia do Norte: isolamento vira arma política a serviço do regime. Disponível em:
O Estado secreto. Disponível em:
Coreia do Norte: a republica ermitã. Disponível em:
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