Os transtornos fóbicos (popularmente chamados de fobias) são síndromes com importante componente de ansiedade. Eles sãos caracterizados por medos intensos desencadeados por situações que não oferecem ao indivíduo perigo proporcional à intensidade destes.
Eis as formas importantes pela qual os transtornos fóbicos são apresentados:
Para haver o diagnóstico, é necessário avaliar o sofrimento que acomete o sujeito, junto ao estreitamento de suas possibilidades vivenciais.
Uma vez avaliadas as perdas funcionais, há padronização na detecção e codificação dos transtornos. Seus organizadores são o CID-11 (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), publicado pela OMS, e o DSM-5, manual diagnóstico e estatístico feito pela Associação Americana de Psiquiatria.
Nessa escola de pensamento, as fobias localizam-se no grupo das neuroses.
A estrutura neurótica é caracterizada pela apresentação de mitos individuais e atividade respondente a eventos antigos, em constante repetição e reedição, de forma particular e incompreensível ao olhar de terceiros. O conflito do sujeito neurótico é entre o “eu” e o “isso”, fazendo coexistirem as atitudes que contrariam as exigências pulsionais e as que levam em conta a realidade, em um embate entre desejo e censura.
Como mecanismo de defesa, há o recalque, que afasta conteúdos indesejáveis consciência, mas quem vem à tona de maneira simbólica.
Assim, as fobias são localizadas neurose fóbica, na qual há a fixação da angústia em um objeto exterior.
O tratamento das fobias consiste em psicoterapia, possivelmente associada a acompanhamento psiquiátrico, medicação e terapias complementares.
É possível buscar auxílio na rede particular, e também de forma gratuita nos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e nas Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).
A educação é importante para a promoção de qualidade de vida ao sujeito e às pessoas com quem ele convive.
Com o acesso à informação o estigma atribuído ao quadro é combatido. Como consequências, haverá diminuição dos problemas relacionados à autovaloração e do tratamento do assunto como tabu.
Por fim, é importante não utilizar termos como “medo” e “descontrole” de maneira pejorativa. O uso errôneo dessas palavras pode menosprezar os sentimentos das pessoas que possuem o diagnóstico.
Referências bibliográficas:
Cid 10: http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.htm
DSM-V, bg pharma, and the medicalization of ordinary life. New-York: Harper Collins Publisher, 2013a.
LAPLANCHE, J; PONTALIS, J. B. Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
RAFIA: 1. Dalgalarrondo, P Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre, 2000. Editora Artes Médicas do Sul
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