A economia da região Centro-Oeste apresentou, em 2014, o PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 542.632 bilhões, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o instituto de pesquisas, o PIB per capita da região foi de R$ 35.653,48 naquele mesmo ano. Já em 2017, foi verificado o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) em 0,789.
O Centro-Oeste apresenta uma economia baseada no setor primário. Notadamente, a região lidera a produção de grãos no Brasil. Neste sentido, um dos produtos de maior destaque é a soja. Fora isso, o Centro-Oeste apresenta agricultura voltada à cultura da cana-de-açúcar, feijão, girassol, milho, tomate, sorgo e também algodão. No campo da pecuária, destaca-se a atividade da criação de bovinos, mas estão presentes os setores da avicultura e da suinocultura. O extrativismo concentra sua produção na extração de minérios e aproveitamento da madeira. Além disso, há grande atividade relacionada ao ouro, ao ferro e ao níquel.
O alicerce do setor secundário do Centro-oeste baseia-se no segmento primário. Assim, reflete-se na presença de inúmeras agroindústrias, que beneficiam produtos do setor primário, compondo o panorama de atividades na região. Neste aspecto, as áreas produtivas de maior destaque são: celulose, laticínios, alimentícia, de insumo para a agricultura e ração. Porém, existe um forte ramo industrial com foco nas áreas automobilística e farmacêutica, notadamente nas cidades de Catalão e Anápolis, ambas no estado de Goiás.
No que refere ao setor terciário, forma-se a partir dos setores de comércio, concentrados nos centros das grandes cidades do Centro-Oeste. Na região também existe grande atividade por meio do funcionalismo público, notadamente em Brasília (DF). Fora isso, o campo do turismo impulsiona o setor econômico a partir da grande procura pelas instâncias religiosas e históricas presentes nas cidades interioranas de Goiás e também se baseia no ecoturismo de Bonito, cidade do Mato Grosso do Sul, além do Pantanal.
Em 2017, segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o total relacionado ao rebanho de bovinos no país era de aproximadamente 215 milhões de cabeças de gado. Somente no Centro Oeste concentravam-se 74 milhões, mais de 30% da totalidade. A região é líder deste segmento no Brasil. No que se refere à carne suína, em 2017 a produção nacional apresentava mais de 40 milhões de suínos, sendo que o Centro-Oeste possuía 15%, contando com 6,2 milhões. A avicultura também marca forte presença. Se no Brasil havia 1,4 bilhão de galináceos, em 2017 foi verificado no Centro-Oeste o índice com cerca de 10%, com 172 milhões. Ainda naquele ano, a produção leiteira do país somou 33,5 bilhões de litros. Do total, o Centro-oeste foi responsável por 12%, somando quatro bilhões.
A região Centro-Oeste apresenta índice de 6% relacionado ao total do PIB industrial brasileiro. As indústrias mais expressivas se dão por meio da energia proveniente das usinas que funcionam a partir dos rios Paraná e Paranaíba. Os setores que mais se destacam são: madeireiro, minerais (não metálicos), farmacêutico e alimentício. A região que conflagra Goiânia, Anápolis e Brasília, apresenta-se como a localidade de maior desenvolvimento da indústria. Nesta área notam-se atividades relacionadas aos setores de minerais, bebidas, têxtil, de alimentos, farmacêutica e automobilística. Outras regiões em que se concentra notável atividade industrial são: Campo Grande (alimentos), Cuiabá (borracha e produtos alimentícios), Corumbá (minerais), entre outras.
O Centro-Oeste do Brasil atrai pessoas do mundo todo. Um dos principais pontos da atividade turística na região é o Pantanal (Mato Grosso do Sul e Mato Grosso). No Distrito Federal, o destaque é a capital do Brasil, Brasília, também com bastante procura de turistas. Isso ocorre devido à área abrigar o centro político do país e apresentar diversas estruturas de beleza arquitetônica inigualável. Por isso, Brasília tem uma das mais proeminentes redes hoteleiras em escala nacional. Em outro aspecto, a capital detém a maior área tombada do globo (112,25 km²), fazendo parte da lista de bens do Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
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Fontes:
Estratégia para o desenvolvimento de Brasília e região. In: Mulholland, T.; Faria, D. (org.). DF em questão. Brasília: Editora UnB, 2006.
BAER, Werner. A Economia Brasileira. São Paulo: Nobel, 1996, 416p.
https://www.embrapa.br/contando-ciencia/regiao-centro-oeste
https://www.portaldoagronegocio.com.br/gestao-rural/analise-de-mercado/noticias/agronegocio-no-centro-oeste-importancia-e-principais-produtos-169749
https://blog.vitalcard.com.br/pontos-turisticos-do-centro-oeste/
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/economia-do-centro-oeste/
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