O Norte do Brasil é uma região em que há o predomínio das atividades de extrativismo mineral e vegetal.
Apesar de preceder de atuação marcante na produção de alimentos, o Norte do Brasil não apresenta um campo industrial avançado, sendo uma das áreas de menor índice desta atividade no país. Porém, destaca-se em relação a outras regiões quando o assunto é a biodiversidade. Isso ocorre devido à presença da Floresta Amazônica naquela área.
Os estados do Pará e do Amazonas são considerados os mais avançados economicamente no Norte. De acordo com suas características, cada localidade se desenvolve conforme a quantidade ou a extração de um tipo de produto.
O segmento do extrativismo de minerais ou vegetais consiste na atividade mais proeminente da região Norte.
Minérios bastante valorizados no campo industrial, como o ferro e o manganês, têm no estado do Pará o seu maior núcleo de exportação. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Pará lidera a produção de toras de madeira no Brasil, material indispensável para o campo industrial de móveis e também de construção.
Outros produtos de destaque na economia da região Norte do Brasil, encontrados na região Amazônica, são: castanha do Pará, cupuaçu, açaí, babaçu e látex, que possui grande história na economia da região e é extraído por meio de cortes feitos nos troncos das seringueiras, que derramam a seiva. A importância destes produtos se reflete em segmentos como o farmacêutico, alimentício e também de combustível.
No intuito de acelerar a equidade da atividade industrial entre todas as regiões do Brasil, em 1967 foi criada a Zona Franca de Manaus para impulsionar a manufatura da região Norte. Seu objetivo era a criação de uma zona franca direcionada à armazenagem ou depósito de produtos nas águas tributárias pertencentes ao rio Amazonas.
Segundo informações do IBGE, a partir de 2017 o Amazonas tornou-se responsável por cerca de 3% relacionado ao total da produção industrial no Brasil. Isso pode ser notado, por exemplo, na manufatura de equipamentos e de máquinas no estado, que cresceu aproximadamente 30% em 2017 quando comparado ao avanço do ano anterior. O segmento de materiais de informática e produtos eletrônicos teve crescimento de produção em cerca de 20% quando relacionado ao ano de 2016.
Vista como uma das principais atividades econômicas da região Norte, a pecuária de gado bovino é realizada extensivamente na localidade, notadamente em função do abate para a produção de alimentos. Neste sentido, a Ilha de Marajó apresenta a maior concentração de búfalos do país. O rebanho é formado por mais de seiscentos mil animais para o fornecimento de leite e de carne direcionado à população regional.
A agricultura do Norte do Brasil é direcionada para a subsistência, notadamente no plantio de milho, mandioca e feijão. Apesar disso, a região conta com alguns setores focados na agricultura comercial, nos quais ocorre o cultivo de produtos alimentícios, destacando-se: o coco, a juta, o maracujá, o café e a pimenta-do-reino.
Outra cultura que progride na região Norte, especialmente na área da floresta amazônica, é a soja. De fato, essa atividade causa grande preocupação ao movimento ambientalista e às ONGS (Organizações Não Governamentais) internacionais, que indicam esta produção como danosa ao ecossistema da região.
O Norte do Brasil é muito rico quando o assunto é turismo, notadamente o Pará e o Amazonas, estados que atraem turistas de todo o mundo, com o objetivo de ver de perto a exuberância natural da Floresta Amazônica, seus animais, rios e vegetação. Por outro lado, a atividade turística também é realizada na direção dos inúmeros festejos regionais: Festa do Círio de Nazaré (PA), Festival de Parintins (AM), Festival Amazonas de Ópera (AM), entre outros.
Outra atração turística bastante procurada é o Teatro Amazonas, uma construção de grande valor histórico e que se manteve em bom estado de conservação. É considerado um dos mais importantes teatros brasileiros, além de ser o principal cartão-postal manauara.
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Fontes:
BAER, Werner. A Economia Brasileira. São Paulo: Nobel, 1996, 416p.
https://blog.faculdadedemacapa.com.br/economia-da-regiao-norte/
https://www.revistaagropecuaria.com.br/2013/10/22/economia-no-norte-mineiro-e-sustentada-pela-agropecuaria/
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/economia-do-norte/
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