A economia do Sul do Brasil forma-se essencialmente a partir dos seguintes setores: indústria, comércio e serviços, agropecuária e extrativismo. O território que forma o Sul é composto pelos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2018 esta região contabilizou PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 1.195.550.000, com PIB per capta de R$ 40.181.
A atividade da pecuária é responsável por ocupar grande parte do território da região Sul do Brasil. No entanto, nesta localidade do país, o segmento economicamente mais notável é o da agricultura, que também gera milhares de postos de trabalho anualmente. O setor agrícola da região tem as seguintes características:
Este tipo de atividade agrícola refere-se às grandes propriedades. Incide sobremaneira na região norte do Paraná, em que há o predomínio da cultura comercial de café, trigo, laranja, soja, cana-de-açúcar e algodão. Já nas áreas de campos localizadas no Rio Grande do Sul ocorre o cultivo de arroz, soja e, em menor número, trigo. De acordo com dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os produtos de maior destaque produtivo da região Sul são: erva-mate, feijão, mandioca, cana-de-açúcar, maçã, uva, tabaco, arroz, trigo, milho e soja.
A policultura na região Sul funciona a partir da pequena propriedade gerida por famílias, ou seja, a agricultura familiar. Este tipo de atividade agrícola na localidade tem suas origens no movimento de imigração europeu, primeiramente com a presença de alemães ocupando as regiões de florestas, e depois com a presença dos italianos na serra gaúcha. Os principais produtos são: fumo, laranja, maçã, batata, mandioca, feijão e milho.
De acordo com o IBGE, em 2020 a região Sul do Brasil foi responsável pela produção de 32% do total no segmento de oleaginosas, leguminosas e cereais. A atividade neste segmento acumulou 77,2 milhões de toneladas, sendo o Paraná responsável por 14% da produção nacional, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 14,3%.
O estado que mais produz tabaco no Brasil é o Rio Grande do Sul, impulsionando a atividade no país, notadamente o maior exportador em escala mundial. Além disso, o Rio Grande do Sul produz mais de 70% do arroz do mercado nacional. Somente em 2020, o estado chegou à marca de 7,3 milhões de toneladas, seguido por Santa Catarina, com 1,1 milhão.
Segunda região com o maior índice de atividade industrial do Brasil, o Sul apresenta segmentos de indústria química, siderúrgica, de bebidas, couro, produtos alimentícios, têxteis, entre outras de menor expressão. Em Curitiba destacam-se as madeireiras e as metalúrgicas, além das fábricas de alimentos, indústrias automobilísticas e químicas. Outras cidades do Sul que apresentam grande destaque neste setor são: Chapecó, Joinville, Blumenau, Lages, Londrina, Pelotas e Caxias do Sul.
Em Santa Catarina, a Grande Florianópolis tem destaque nos segmentos de tecnologia, construção civil e serviços. A região norte do estado é o polo da tecnologia, setores metalomecânico e moveleiro. A área oeste apresenta larga produtividade no segmento de imóveis e no alimentício. No Planalto Serrano o predomínio é de indústrias de celulose, papel e madeireiras. No sul de Santa Catarina o destaque é direcionado aos setores de cerâmica, carbonífero, plásticos descartáveis e de vestuário. O Vale do Itajaí é uma região com forte indústria de vestuário, tecnologia, naval e têxtil.
Ao contrário de outras regiões brasileiras, o Sul não dispõe de grande variedade em recursos naturais. Isso ocorre devido à formação de sua estrutura geológica. Porém, o Rio Grande do Sul apresenta grande quantidade de cobre, e o Paraná é rico em chumbo. Mas o maior destaque de riquezas minerais está em Santa Catarina, estado que concentra alto índice de carvão em pedra, elemento importante devido à sua utilização na siderurgia e nas usinas termoelétricas, setores chave para o abastecimento energético.
Ocorre com ênfase na mata das araucárias, que tem como principais características a homogeneidade e facilidade para acesso, tornando mais fácil a transformação de seus recursos. Destacam-se como principais produtos deste segmento o cedro, a imbuia e o pinheiro-do-Paraná, utilizados nas fábricas de celulose e papel, além das serrarias. Outro destaque deste setor é a erva-mate.
Com pastagens ocupando áreas extensas na região Sul, a prática da pecuária de corte extensiva é impulsionada pela criação de gado dentro do sistema de grande propriedade. Após o crescimento do consumo devido ao aumento populacional, surgiram também os frigoríficos na região, com destaque no setor da pecuária leiteira.
No setor de turismo, locais bastante procurados da região Sul são: Cataratas do Iguaçu, Balneário Camboriú, Beto Carrero World, Jardim Botânico de Londrina, Rota de carro de Florianópolis a São Pedro de Alcântara, São Miguel das Missões, Vale Europeu, Ilha do Mel, Garopaba, entre outros.
Fontes:
BAER, Werner. A Economia Brasileira. São Paulo: Nobel, 1996, 416p.
https://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/index.php/sistema-ocepar/comunicacao/2011-12-07-11-06-29/ultimas-noticias/122983-economia-sul-se-destaca-e-cresce-mais-que-media-do-pais
https://www.embrapa.br/memoria-embrapa/regiao-sul
https://www.sc.gov.br/conhecasc/economia
https://guiadonomadedigital.com/pontos-turisticos-da-regiao-sul/
https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/economia-do-sul/
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