A região Sul do Brasil contabiliza 30,1 milhão de habitantes, segundo dados de 2020, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Conforme este levantamento, o Paraná é o Estado que apresenta o maior número de habitantes: 11.516.840. Em seguida, encontram-se o Rio Grande do Sul (11.422.973) e Santa Catarina (7.252.502).
Cerca de 40% do total relacionado ao índice populacional da região Sul do Brasil apresenta-se concentrado em somente 30 cidades, sendo que 12 delas estão no Rio Grande do Sul. Curitiba (Paraná) é a mais populosa, com 1.948.626 habitantes, seguida de Porto Alegre (1.488.252), Joinville (597.658), Londrina (575.377), Florianópolis (508.826) e Maringá (430.157).
O movimento de imigração europeu na direção da região Sul do Brasil ocorreu em duas fases na direção dos três Estados que a compõe. Na primeira fase, os colonizadores provenientes dos Açores, em Portugal, povoaram áreas litorâneas, sobremaneira Santa Catarina, mas também parte do Rio Grande do Sul. No começo do século XIX ocorreu a segunda fase, quando imigrantes alemães e italianos ocuparam a região Sul, na qual deixaram marcas culturais de sua arquitetura, idioma e culinária. Ao mesmo tempo, introduziram na região o sistema de cultivo da policultura e a divisão do trabalho camponês a partir da pequena propriedade rural, ou seja, a agricultura familiar.
No caso específico da imigração alemã, sua concentração deu-se sobremaneira em Santa Catarina, na região do Vale do Itajaí. Já no Rio Grande do Sul os germânicos povoaram o Vale dos Sinos. Os italianos concentraram-se na Serra Gaúcha, notadamente com a cultura da uva e dos vinhos. Em menor quantidade, ocorreu também a imigração de povos do Leste Europeu na região Sul do Brasil. Trata-se dos poloneses, ucranianos e russos, que se fixaram na área oeste de Santa Catarina, no Paraná e em outras localidades.
De acordo com dados do IBGE, de 2019, os grupos étnicos apresentam-se na região Sul do Brasil da seguinte forma: brancos (73,9%), pardos (20,6%), pretos (4,8%), indígenas e amarelos (0,7%). Este perfil étnico da região deve-se principalmente ao movimento de imigração europeu. Primeiramente, após a abolição da escravidão – sem uma política para a inserção efetiva dos negros na sociedade – a imigração foi incentivada pelo governo brasileiro. No começo do século XX, as duas guerras mundiais também trouxeram refugiados que buscaram recomeçar a vida e fugir da violência.
Apesar da maioria da população da região Sul se autodeclarar branca, a área teve sua composição étnica formada pela miscigenação entre brancos, negros e índios, assim como no restante do Brasil. De acordo com pesquisa do instituto Plosone, as diferenças étnicas entre a região Sul e as demais localidades do Brasil apresentam-se menor do que se pensava no começo do século XX.
Os campos da região Sul foram o local primeiramente colonizado pelos jesuítas. O principal intuito dos religiosos naquele momento era o de catequisar a população originária. Para isso, fundaram missões (aldeamentos indígenas) na região do Rio Grande do Sul. Com atividades básicas como agricultura e pecuária, estes locais foram posteriormente invadidos pelos bandeirantes de São Paulo. Desta forma, ocorreu a destruição destas missões e o espraiamento dos animais ao longo da região. Em outro aspecto, espanhóis e portugueses dividiram a bacia do Rio Paraná desde o século XVIII. Deste processo iniciaram as lutas pela posse territorial entre as duas nacionalidades, dando formação aos grandes latifúndios da região meridional do Sul.
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Fontes:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/sul-brasil/panorama
https://www.embrapa.br/contando-ciencia/regiao-sul
https://daffy.ufs.br/uploads/page_attach/path/11309/geografia_7anoB_10A.pdf
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/populacao-do-sul/
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