População do Sudeste

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Apresentando o maior índice populacional do Brasil, com 89 milhões de pessoas, a região Sudeste conta com 87 habitantes/km². A população do Sudeste congestiona a maior parcela de cidadãos do país, totalizando 42%. Somente em São Paulo encontram-se quase a metade de toda a população do Sudeste, cerca de 46 milhões de habitantes. Completam a lista, Minas Gerais, com 21 milhões, Rio de Janeiro (17 milhões) e o Espírito Santo contabilizando 4 milhões, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conteúdo deste artigo

  • Composição da população do Sudeste
  • Eleições
  • Desequilíbrio regional
  • Primeiros habitantes
  • Êxodo rural

Composição da população do Sudeste

A região Sudeste apresenta uma composição étnica essencialmente formada por habitantes autodeclarados negros, pardos, brancos, indígenas e amarelos. Marcado também pelos fenômenos da imigração e do Êxodo Rural, o acúmulo populacional do Sudeste resulta do processo de industrialização na região, com maior oferta de empregos que atraíram cidadãos de diversas regiões.

Em sua maioria, os imigrantes chegaram à região fugindo das guerras da Europa e trabalharam na cultura do café, principal produto da economia do Sudeste e impulsionador do crescimento econômico a partir do século XIX.

A maior parte da população do Sudeste vive em cidades, ou seja, é urbanizada. Entre as urbes que formam a região, algumas possuem população com mais de um milhão de habitantes, como Rio de Janeiro, São Gonçalo, Belo Horizonte, São Paulo, Guarulhos e Campinas.

Eleições

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012 o número de eleitores na região Sudeste contabilizou 60.789.706, sendo que 31 milhões estavam em São Paulo. Neste mesmo aspecto, o estado de Minas Gerais conta com 15 milhões, seguido pelo Rio de Janeiro (11 milhões) e o Espírito Santo (2 milhões).

Desequilíbrio regional

Cerca de 20% da população do Brasil está concentrada no território do Estado de São Paulo. Para se ter uma ideia da quantidade de pessoas, aproximadamente 8% do total do País acumula-se na região denominada Grande São Paulo.

Esta discrepância em relação a outras regiões relaciona-se com o processo econômico encontrado na região entre os anos de 1850 e 1930. Naquele período ocorreu a transposição das formas arcaicas de produção para as relações capitalistas de produção. Assim, surgiram o trabalho assalariado, mercado interno e presença do maquinário produtivo.

Assim, o café acabou trazendo o progresso industrial, relacionado aos transportes e ao comércio. Isso deu a São Paulo as condições para o desenvolvimento em detrimento de outras regiões do país, ainda com economias muito dependentes do extrativismo, produção camponesa, entre outras formas de cultivo.

Primeiros habitantes

Os habitantes pioneiros da região Sudeste foram os índios. Após a ocupação portuguesa no século XVI, ocorreu o início do processo de miscigenação. Pouco depois, os negros provindos da África foram trazidos forçosamente ao Brasil para serem escravos. Ao final do século XIX, a diversidade populacional expandiu-se sobremaneira no Sudeste devido à chegada de imigrantes de diversas regiões do mundo. Eram os novos trabalhadores da cultura cafeeira, formados por japoneses, libaneses, alemães e italianos. Depois ocorreu ainda a inserção de holandeses, franceses, poloneses, espanhóis, entre outras nacionalidades.

Êxodo rural

A partir dos anos 1960, com políticas voltadas para a industrialização, ocorreu grande movimento de migração do Nordeste na direção do Sudeste do Brasil. Isso se deve às ofertas de postos de trabalho que atraíram as populações rurais. Assim, até a década de 1980 este processo começou a apresentar problemas intrínsecos relacionados à produção capitalista. Sem capacidades de absorção de todos os trabalhadores, formou-se na região Sudeste o chamado exército industrial de reserva, aumentando o desemprego e os subempregos nas áreas urbanas. As cidades não apresentavam condições para receber os migrantes devido à ausência de planejamento urbano. Desta forma, iniciou-se a formação dos locais de moradia precários e desestruturados.

Fontes:

BAER, Werner. A Economia Brasileira. São Paulo: Nobel, 1996, 416p.

https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/910778/1/Exodoesuacontribuicao.pdf

https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9372-caracteristicas-etnico-raciais-da-populacao.html

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