A hipertrofia consiste em um aumento do volume celular, o qual pode acarretar, consequentemente, um aumento do tamanho do órgão, quando esse processo ocorre em várias células dessa estrutura. Diferente da hiperplasia, a qual aumenta o órgão por meio da proliferação celular, na hipertrofia não são formadas novas células, há alteração apenas no tamanho e no volume daquelas já existentes, por meio do aumento de seu conteúdo intracelular.
Esse processo é característico de órgãos em que as células possuem capacidade de divisão celular limitada, como no tecido muscular esquelético. No entanto, em alguns órgãos podem ocorrer a hipertrofia e a hiperplasia combinadas, também resultando em sua hipertrofia, como no caso do crescimento do útero durante a gestação.
Os fatores que estimulam a hipertrofia podem ser:
A hipertrofia pode ser classificada como fisiológica ou patológica, em relação a sua causa, além dos diversos fatores que a influencia. Vamos exemplificar alguns casos de hipertrofia nas duas classificações.
Os principais casos de hipertrofia pela resposta fisiológica são:
No primeiro caso, um dos mais populares e desejados por praticantes de atividade física de força, temos o estímulo pelo aumento da demanda ao exercer sobre o músculo esquelético a sobrecarga, ou seja, aumentar a contração muscular com excesso de peso (musculação), a ação dos hormônios testosterona e GH e do fator de crescimento IGF-1.
Já no segundo, o músculo cardíaco também responde da mesma maneira do que o esquelético aos estímulos de demanda aumentada dos batimentos cardíacos, ocasionados por atividades físicas aeróbicas.
Um caso típico de hipertrofia patológica é possível citar o aumento do coração em decorrência da hipertensão (aumento da pressão arterial). Esse aumento se dá em resposta ao estiramento e a hormônios adrenérgicos, aumentados durante o estresse.
Tais fatores, estimulam a síntese de mais miofibrilas, aumentando a força de contração e maior desempenho. No entanto, se o estímulo não cessa, ou seja, o indivíduo não reduz o estresse sobre o qual está vivendo ou controla sua pressão arterial, pode haver uma hipertrofia continuada, que vai ser limitada pelo suprimento de ATP pelas mitocôndrias, podendo haver degenerações celulares, e/ou ocorrer a dilatação ventricular e a consequente falência cardíaca.
Referência:
GERLINGER-ROMERO, Frederico et al. Bases moleculares das ações da testosterona, hormônio do crescimento e IGF-1 sobre a hipertrofia muscular esquelética e respostas ao treinamento de força. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v. 12, n. 2, 2013.
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins patologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/anatomia-humana/hipertrofia/
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