A patologia veterinária, assim como na medicina (humana), é a ciência que estuda a doença. O termo patologia tem como origem e significado do grego “logos” estudo e “pathos” sofrimento. No entanto, na medicina veterinária, a patologia se ocupa em estudar as doenças dos animais domésticos, silvestres e de produção, assim, além de cuidar da saúde dos animais, ocupa-se da segurança alimentar envolvendo carnes e outros alimentos derivados de animais.
Essa ciência investiga as causas das doenças e as alterações a elas relacionadas, nos níveis celular, tecidual e orgânico. Assim, ela pode ser dividida em: Patologia Geral, que contempla as reações básicas celulares e teciduais a estímulos nocivos desencadeadores de doenças; e Patologia Especial ou Sistêmica, a qual aborda as respostas específicas de órgãos e tecidos a estímulos definidos.
Além disso, essa ramo científico da veterinária pode ser classificado em Patologia Anatômica e Patologia Clínica.
É o ramo da patologia veterinária que estuda o diagnóstico por meio de peças cirúrgicas. Nelas podem ser feitos exames microscópicos e macroscópicos, os quais consideram os níveis moleculares, citológicos e histológicos das alterações provocadas por doenças.
A principal forma de se obter uma amostra para exames chamados anatomopatológicos é a biopsia. Essa técnica consiste em retirar amostras de células ou tecidos de um órgão a ser examinado para se obter um diagnóstico e o prognóstico, quando a alteração trata-se de uma doença.
Outra forma também utilizada para esse tipo de análise é a excisão de órgãos inteiros ou parte deles, as chamadas amostras cirúrgicas ou também peças vindas de necropsia.
Os métodos mais utilizados para se analisar as amostras obtidas são a histopatologia (amostras de tecidos) e citopatologia (amostras de células). Essas técnicas baseiam-se em incluir as amostras em parafina e cortá-las, quando se trata de tecidos, corar com hematoxilina e eosina (coloração padrão de lâminas) e observar as possíveis alterações por meio do microscópio óptico.
No entanto, podem ainda ser utilizadas técnicas mais precisas nessas análises, como a imunohistoquímica e a imunocitoquímica. Elas utilizam-se de marcadores antigênicos para detectar proteínas conhecidas que são expressas na membrana, no citoplasma e/ou no núcleo, em determinadas alterações patológicas, como nos tumores.
Essa divisão da patologia utiliza-se de fluidos corporais, como urina, sangue, efusões de cavidades, tecidos ou aspirados para obter-se o diagnóstico. São utilizados para isso exames microbiológicos, bioquímicos, hematológicos e moleculares.
As bases para se compreender a patologia são relacionadas às suas causas, aos seus mecanismos de desenvolvimento, às alterações morfológicas e fisiológicas e às suas consequências para o indivíduo, a carcaça e/ou derivados do animal.
Os termos relativos a essas bases são conceituados:
O médico veterinário patologista atua em diversas áreas, sendo tanto no diagnóstico das doenças baseados em exames clínicos, citológicos, histológicos e macroscópicos, como em necropsias e patologia cirúrgica. Há ainda um vasto campo para esse profissional no desenvolvimento de pesquisas na área de patologia experimental e estudo da história natural das doenças.
Referência:
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins patologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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