O sal na alimentação e na saúde tornou-se um tema bastante discutido na área médica. Isso ocorre devido ao aumento de seu consumo na vida contemporânea, que torna maior a procura por praticidades, atingindo de maneira preponderante a alimentação humana. Desta forma, produtos alimentícios industrializados e processados acabam sendo mais procurados pela facilidade de seu preparo. A problemática a respeito dos alimentos processados é visível devido ao alto teor de sódio que os compõe.
Nem tudo é prejudicial no consumo de sal, contanto que ele seja feito de forma adequada. Popularmente conhecido como sal de cozinha, tendo em vista que é um dos principais temperos caseiros, o cloreto de sódio é um mineral de suma importância para a regulação e funcionamento corporal. Transmite informações por meio das células nervosas, tem fator de desacelerar a contração dos músculos, mantém os níveis de acidez do corpo e equilíbrio de fluidos. Como elemento químico da tabela periódica, é considerado um metal alcalino.
O sódio tem sua importância por meio da atividade de regulação das concentrações de sais nas células e tecidos com o objetivo de manter de maneira ativa condições propícias à atividade metabólica, ou seja, o balanceamento entre os sais minerais e a água no corpo (homeostasia), por meio do controle da pressão osmótica interna em certos limites, sem depender da concentração relativa ao meio externo (osmorregulação).
No caso dos alimentos processados, o sal é utilizado para a conservação e para o realce do sabor. Devido a este uso, os alimentos processados e industrializados possuem teor maior de sódio na composição. São alimentos consumidos cada vez mais, levando-se em consideração o preparo e o acesso facilitado para a alimentação. Porém, a grande quantidade de sódio destes alimentos desencadeia males como câncer estomacal, doenças renais e hipertensão. Além disso, apresenta riscos advindos da obesidade. O consumo elevado de sal é o causador principal das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), prejudicial ao sistema cardiovascular. Afeta funções normais do organismo e traz prejuízos à saúde da população em geral.
Começa com a alimentação. O absorvimento do sódio é feito de maneira rápida no intestino. Depois é levado para os rins, nos quais ocorre a filtragem. Em seguida, é transportado para o sangue, de forma a manter sua estabilidade. Porém, se o rim retiver um alto teor de sódio, ocorre o crescimento deste elemento no organismo, tendo como resultado um aumento vascular na proporção de sangue bombeado na direção do coração e também na pressão arterial. O sódio é eliminado através da urina, pelas fezes e pelo suor.
A quantidade ideal de sódio a ser ingerida deve ser igual à quantia excretada, evitando a concentração de alto teor de sódio no organismo, que provoca danos à saúde das pessoas. A quantia de sal que uma pessoa ingere diariamente chega a 12 gramas, mas a fração ideal, segundo o Ministério da Saúde, precisa ser de cinco gramas diárias. Para cada nove gramas ingeridas de sal, o corpo retém cerca de 1L de água. Assim, se o sal tem consumo excessivo, o sistema cardiovascular sobrecarrega-se, trazendo dificuldade na eliminação do elemento e criando a retenção.
Governos de diversos países têm atuado na criação de programas que busquem formas de diminuir a aplicação do sódio na produção de alimentos industrializados e a sua consequente ingestão pela população, principalmente no que se refere aos adultos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a diminuição do consumo de sódio, pois o excesso consumido é reconhecidamente um dos motivos do desenvolvimento da síndrome metabólica e hipertensão arterial, além do crescimento das taxas de morbimortalidade renal e cardiovascular.
Fontes:
Brasil. Ministério da Saúde. (2015). Portal Brasil. Alimentação dos brasileiros tem excesso de gorduras, segundo Ministério da Saúde.http://www.brasil.gov.br/saude/2011/08/alimentacao-dos-brasileiros-tem-excesso-de-gorduras-segundo-ministerio-dasaude.
INCA. Instituto Nacional do Câncer. Ministério da Saúde. (2016). Ministério da Saúde. https://www.inca.gov.br/
Bernaud, F. S. R. & Rodrigues, T. C. (2013). Fibra alimentar: ingestão adequada e efeitos sobre a saúde do metabolismo. Arq Bras Endocrinol Metab, 57.https://doi.org/10.1590/S0004-27302013000600001
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