Paraíso Perdido - John Milton

O livro Paraíso Perdido, de John Milton, foi publicado em 1667 em dez cantos. Os principais assuntos da obra são: a visão cristã da origem humana, a rebelião e queda dos anjos, a criação de Adão e Eva, a tentação por Satanás, a expulsão do Paraíso e a promessa de uma futura redenção.

A história, contada em versos, é uma epopeia que tem como tema o confronto entre Deus e Lúcifer. Inspirado no livro de Gênesis, primeiro livro tanto da Bíblia Hebraica e da Cristã, Paraíso Perdido apresenta um panorama em que vários anjos do céu, após serem expulsos do Paraíso, começam a planejar sua vingança nas chamas do inferno.

Porém, como são impedidos de iniciar um ataque direto ao céu, por causa do poder de Deus e das Hostes Celestiais, os anjos rebelados resolvem atacar a criação divina, ou seja, o homem. Desta forma, John Milton narra a vinda de Lúcifer à Terra em forma de serpente com o intuito de seduzir Eva e fazer Adão comer o fruto proibido. Lúcifer consegue realizar sua tarefa e Adão e Eva são expulsos do Paraíso por terem se deixado corromper por Satanás.

Após virtual sucesso de Lúcifer, ocorre uma reviravolta na qual Deus descobre o plano dos anjos revoltosos e os pune, fazendo com que ganhem formas de serpentes e os prendendo no inferno por mil anos. Eles passam por necessidades como sede, fome e calor na terra do Diabo.

Considerado um dos maiores clássicos da literatura mundial, Paraíso perdido foi inspirado na peça Adamo Caduto, composta no ano de 1667 pelo padre Serafino della Salandra. A obra foi publicada em dez partes e seus versos não são ritmados. No ano de 1974, foi feita uma segunda edição, desta vez em 12 partes para ficar semelhante à Eneida, de Virgílio.

Sobre o autor

Nascido na cidade de Londres no ano de 1608, John Milton frequentou a Saint Paul’s School entre 1620 e 1625 e foi laureado em 1632 no Christ’s College, de Cambridge.

Passou a morar com seu pai em Horton, onde se dedicou à leitura de Dante, Tasso e outros clássicos com os quais cresceu culturalmente.

Viajou por países da Europa entre os anos de 1638 e 1639, voltando à Inglaterra, onde se dedicou ao ensino. Casou-se com Mary Powell aos 34 anos, que o abandonou para voltar dois anos depois. Aos 27 anos, Mary Powell falece, mas Milton casa-se mais duas vezes e tem sete filhos nessas uniões. Defensor ferrenho do divórcio, o escritor escreve apologias reivindicando o direito de casar mais de uma vez.

John Milton Morreu em Londres no ano de 1674.

Fontes: MILTON, John. Paraíso perdido. São Paulo: W. M. Jackson, 1948. (Clássicos Jackson, v. 13). http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Milton http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_44697.html

More Questions From This User See All

Recommend Questions


10 exemplos de cordel para conhecer literatura popular
Confira esta seleção de poemas de cordel de temas variados e conheça um pouco sobre os seus autores

O que são quadrinhas populares e 23 exemplos para ler e recitar
Pelo fato de serem fáceis de memorizar, as quadrinhas são um recurso bastante utilizado na alfabetiza&cced

Conceição Evaristo: vida, obra e importância na literatura brasileira
Nascida em Belo Horizonte (MG), em 1946, Conceição veio de uma família humilde e trabalhou como emp

Literatura técnica
Assim sendo, a literatura técnica tem grande relevância para a difusão do conhecimento. Ela consiste num meio pelo qual

Romantismo
Esse movimento surgiu no século XVIII na Europa, durante a revolução industrial, e logo se espalhou

Literatura de Informação
É importante ter em mente que, nesse período, teve vigência um movimento que tinha suas ideias muito relacionadas ao Ren

Narrador heterodiegético
A presença desse narrador pode ser encontrada na obra Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, no seguinte trecho:

Narrador homodiegético
Segundo a escritora e professora Ligia Chiappini Moraes Leite, em O Foco Narrativo (1985), a tipologia da narrativa cria

Narrador autodiegético
É aquele que narra uma ação que gira em torno de si próprio. Assim, ele acumula todos os detalhes vividos por ele, o pro

Carolina Maria de Jesus
Carolina de Jesus era catadora de lixo e tinha pouca instrução, mas era apaixonada pelas letras e lia com

Smile Life

Show life that you have a thousand reasons to smile

Get in touch

© Copyright 2024 ELIB.TIPS - All rights reserved.