Em 2021 a estimativa da população mundial indicou 7,8 bilhões de habitantes, de acordo com dados do portal Worldometer. Metade desta população vive em centros urbanos, cerca de 3,5 bilhões. De acordo com relatório publicado pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 2050 a tendência é de que o número de pessoas no mundo chegue a 9,7 bilhões. Já para 2100, a estimativa é de 11 bilhões.
Em 2018, pela primeira vez, o número de pessoas com 65 anos apresentou-se maior do que a quantidade de habitantes com menos de cinco anos. Em estudo realizado pelo DESA (Departamento dos Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas) em 2017, foi comprovado que o crescimento da população teve como consequência a desaceleração da taxa de fertilidade, que provavelmente continuará caindo. Também foi demonstrado que a população aumenta em 83 milhões no que se refere à quantidade anual de nascimentos no mundo. No caso da Índia, foi indicado que o país deve superar o número de habitantes da China – nação mais populosa do mundo – dentro de um período de sete anos. Ainda segundo o documento, o Brasil aparece entre os 10 países que registraram menor fertilidade.
No caso do continente africano, o DESA verificou as maiores taxas de fertilidade. A China conta com 1,4 bilhões de habitantes, e a Índia, 1,3 bilhões. As duas continuam sendo as nações com maior população, apresentando respectivamente um índice de 19% e de 18% do total da população mundial. A pesquisa revelou também que, até 2050, metade da taxa de crescimento referente ao número total de habitantes acontecerá em novos países: Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão, Etiópia, Tanzânia, Estados Unidos, Uganda e Indonésia. A respeito dos baixos índices de fertilidade, o estudo comprova que este fenômeno ocorre segundo uma relação direta com o envelhecimento da população.
Em 2020, o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) publicou um relatório a respeito dos impactos referentes à Covid-19 na população no Brasil. O Instituto deixou evidente uma diminuição de 2,2 anos da expectativa de vida dos brasileiros a partir dos 60 anos. Entretanto, essa alteração demográfica ocorre para além dos idosos, tendo em vista que a pandemia começou de certa forma a “rejuvenescer”, apresentando infectados em estado grave na faixa dos 30 até 59 anos.
No mundo, após o começo da pandemia, a consequência sobre o crescimento da população tornou-se mais visível não somente por causa da quantidade de mortes elevada. No sentido da queda populacional, foram de profunda influência também as indicações para o distanciamento social, além de uma das piores crises de crescimento em gerações. Os números apresentam variação, constando índices como a pior taxa de natalidade da França desde a Segunda Guerra Mundial, chegando à diminuição de 15% referente a bebês nascidos na China.
Thomas Robert Malthus foi um economista protestante de origem inglesa. Em sua obra, Ensaio Sobre o Princípio da População, publicada em 1798, ele indicava que dentro de um período de dois séculos o crescimento do número de habitantes seria 28 vezes maior do que o aumento da produção alimentar. Assim, Malthus propunha que a população fosse privada dos desejos sexuais. Assim, segundo ele, seria possível reduzir a natalidade, proposta que ficou conhecida como Sujeição Moral.
Ao fim da Segunda GM, a teoria de Malthus ficou novamente em evidência apresentando-se embalada como uma novidade. Ocorreu um aumento enfático da população naquele período, e o número de nascimentos superava o de mortes. Com nova fórmula, a proposta ganhou o nome de Planejamento Familiar, apresentando políticas como a distribuição de anticoncepcionais gratuitamente, entre outras. Essas políticas foram aplicadas por entidades mundiais como: ONU, FMI (Fundo Monetário Internacional), UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e Banco Mundial.
A Teoria Reformista, também conhecida como Teoria Marxista, é embasada no pensamento do economista e filósofo alemão Karl Marx. Ao contrário do malthusianismo, os reformistas indicam que o aumento populacional não é o culpado pela falta de alimentos e recursos. Para eles, o que gera este problema é a concentração de renda e a desigualdade social, que seriam consequências do sistema de produção do capitalismo. Por meio de medidas e reformas na sociedade, é possível encontrar o equilíbrio entre as riquezas produzidas e a população vigente.
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Fontes:
AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53412547
https://www.bbc.com/portuguese/geral-46149577
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/populacao-mundial/
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