O PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente - é definido como um sistema de prontuário médico padronizado e digital. Segundo informações do Institute of Medicine (IOM), o prontuário eletrônico consiste em um registro eletrônico elaborado com especificidade para apoiar o usuário, oferecendo acesso prático à inúmeras informações de banco de dados, recursos de apoio à decisão, alertas e diversos outros recursos.
Além disso, o sistema é um meio físico onde fica gravado todo o histórico clínico do paciente, o que gera discussões éticas entre profissionais de saúde. A implantação do Prontuário Eletrônico Digital foi implementada no Brasil no ano de 2002, época em que o Conselho Federal de Medicina (CFM) definiu suas características gerais na resolução 1639. A implantação do sistema só se tornou possível em aspecto jurídico após a criação do Certificado Digital pelo Governo Brasileiro.
Entre as principais vantagens do sistema de Prontuário Eletrônico, podem ser destacadas: otimização de recursos, rápido acesso aos problemas de saúde do paciente - tanto antigos como recentes - aprimoramento do processo de tomada de decisão, acesso ao conhecimento científico atualizado, melhor legibilidade dos dados, segurança e possibilidade de backup. Outro ponto discutido sobre o sistema é a sua funcionalidade. Quando bem implantando, o PEP pode ser utilizado por vários funcionários ao mesmo tempo e de forma remota, possibilitando ainda a edição de prontuários via Web de qualquer lugar do mundo.
O funcionamento do sistema ocorre da seguinte forma: primeiramente a informação individual de cada paciente é coletada e registrada no Prontuário Eletrônico Digital. Então este registro passa a ser compartilhado entre clínicas, laboratórios, hospitais, agências de seguro saúde e outras instituições médicas.
Porém, apesar das vantagens que o sistema o oferece, ainda existem diversos pontos e obstáculos na utilização do PEP. Entre os problemas da utilização do PEP, podemos citar a falta de entendimento das capacidades e benefícios do sistema, falta de padronização nos sistemas, melhorias na interface com o usuário e confidencialidade dos dados, o que aumenta a desconfiança dos usuários.
No Brasil, estes sistemas, apesar de encontrados em pleno funcionamento em diversos hospitais, ainda estão em processo de desenvolvimento e aprimoramento. De acordo com informações da Revista Brasileira de Educação Médica, uma das dificuldade encontradas é que “o grau de desenvolvimento tecnológico dos serviços de saúde brasileiros, principalmente na área hospitalar, é muito heterogêneo, e, nesse contexto, o prontuário médico é usualmente um dos últimos a ser informatizado – seja por problemas econômico-financeiros, culturais – como resistência à informática por parte dos possíveis usuários –, falta de acesso ao software mais adequado ou até mesmo por supostos impedimentos legais, éticos ou ambos”.
Fontes: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022007000200002&script=sci_arttext http://www.prontuarioeletronico.odo.br/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Prontu%C3%A1rio_Eletr%C3%B4nico
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